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Policial

181 tem média de só uma denúncia a cada 16 dias

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Uma das principais ferramentas para a polícia ampliar seus índices de sucesso na prisão de criminosos é a denúncia feita pela população. Para comunicar supostos crimes, de toda natureza, o telefone 190 é o mais conhecido, da Polícia Militar do Paraná. Há entretanto, outras alternativas que a comunidade tem a seu dispor para comunicar as irregularidades, como o Disque Denúncia 181, que garante total anonimato de quem faz a denúncia, não rastreia o número do telefone do denunciante e seria mais uma arma contra o crime no Paraná. Seria, porque o 181 é pouco acionado pela comunidade. Nesses 12 anos de funcionamento, em Marechal Cândido Rondon, o telefone 181 toca, em média, uma vez a cada 16 dias. Em 12 anos, foram só 274 denúncias. Neste ano, apenas três.

A região de fronteira entre Brasil e Paraguai, no Oeste do Estado, é responsável por apreender a maior parte da droga interceptada pelas forças policiais em todo o país. As cadeias vivem superlotadas de acusados de tráfico de drogas e contrabando de mercadorias e cigarros, vindos do país vizinho. Conforme o comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia de Fronteira, tenente Nairo Cardoso da Silva, o número de apreensões poderia ser muito maior se a população participasse com mais denúncias por meio do 181.

Criado em junho de 2003 para aceitar denúncias relacionadas a qualquer tipo de crime, o 181 também não tem sido acionado nos municípios da região de Marechal Rondon. Em Nova Santa Rosa e Mercedes, cada município fez apenas nove denúncias nesses 12 anos. Em todo o tempo de funcionamento, as denúncias também são poucas em Entre Rios do Oeste (20), Pato Bragado (14), Quatro Pontes (24), Missal (19) e Santa Helena (88). Os números são maiores em Guaíra, na divisa com Mato Grosso do Sul e cidade vizinha ao Paraguai, que registrou 874 denúncias. Mesmo assim, a média é de uma denúncia a cada cinco dias.

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