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Policial

Adolescentes usaram internet para fazer roteiro de crime

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Alan Marques/Folha Press
Jovem implorou para não morrer

O Facebook, o aplicativo para smartphones WhatsApp e pesquisas no Google foram usados pelas duas jovens suspeitas para planejar a morte de Bianca Pazinatto, aponta a investigação policial. A jovem foi morta por duas amigas de 16 e 17 anos, em Goiás. Dias antes do crime, numa troca de mensagens pelo Facebook, a jovem de 17 anos perguntou se a de 16 havia conseguido clorofórmio. Diante da resposta positiva, elas combinaram testar o produto químico em uma garota, também de 16 anos e amiga das suspeitas e de Bianca, o que não ocorreu.

No dia do crime, por volta das 9h30, Bianca foi atraída pela jovem de 17 anos para sua casa, após conversa por meio do WhatsApp. Logo que Bianca chegou, as suspeitas passaram a seguir o roteiro do crime escrito pela jovem de 17 anos em um caderno de desenho e alimentado com informações coletadas no Google sobre como matar uma pessoa. As duas colocaram um pano com clorofórmio na boca de Bianca, mas ela resistiu. Enquanto implorava para não morrer, segundo as suspeitas disseram à polícia, Bianca foi esfaqueada sete vezes pela jovem de 16 anos, segundo disse à Justiça, no último dia 5, a garota de 17.

Como queriam arrumar um carro para levar o corpo de Bianca para ser queimado em uma área desabitada de Jataí, as jovens o enrolaram em sacos plásticos e o esconderam embaixo da cama. A polícia, porém, chegou antes à casa. Atualmente as duas suspeitas estão em uma instituição para menores infratores em Goiânia. A jovem de 16 anos não quis se manifestar na Justiça e ficou calada ao ser questionada pelo juiz.

Até o meio de setembro, o Tribunal de Justiça de Goiás terá uma decisão sobre a provável medida socioeducativa (de no máximo três anos) a ser aplicada contra as jovens. No quarto de Bianca, a polícia encontrou uma carta na qual a jovem de 17 anos declara seu interesse por um relacionamento com a vítima. Ao ser entrevistada por uma emissora de TV no dia seguinte ao crime, a suspeita de 17 anos disse ter pensado que tudo “era um filme”.

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