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Apreensões de cigarros aumentam 55% no Paraná

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Policiais tiraram de circulação nas rodovias federais do Paraná mais de 17 mil maços de cigarros contrabandeados do Paraguai neste ano. O volume de apreensões do produto feitas entre janeiro e o dia 15 de outubro de 2013 já é 55% maior que o interceptado no mesmo período de 2012, quando foram recolhidos cerca de 11 milhões de maços. Os dados fazem parte do balanço parcial divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ontem (16).

O levantamento aponta ainda que a maior parte das apreensões foi feita na região de Guaíra. Desde o início do ano, o volume passa de 8,3 milhões de maços de cigarros, quase metade da quantidade registrada em todo o estado. Entre os pontos de entrada do produto no país estão os municípios vizinhos ao Lago de Itaipu e os do Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai e na divisa com o Paraná.

Segundo o chefe de policiamento da delegacia da PRF em Guaíra, Higor Braga, as apreensões têm aumentado nos últimos cinco anos, com salto maior em 2013. “A nossa forma de trabalhar é a mesma. Não dá para afirmar uma causa específica para o crescimento, o que sabemos é que a região é estratégica para as quadrilhas que atuam no oeste do Paraná e no Mato Grosso do Sul”, comentou.

Braga também revelou que as cargas têm como destino o sul e o sudoeste do país, principalmente, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Também chama a atenção a logística usada pelas quadrilhas. A maior parte das apreensões foi de grandes carregamentos.

Desde agosto, policiais rodoviários dos postos de Guaíra, Quatro Pontes e Porto Camargo flagraram 13 carretas lotadas de cigarros. Alguns dos veículos têm capacidade para carregar até 800 caixas do produto. “Como estas cargas precisam percorrer longas distâncias, talvez seja mais rentável e seguro investir em carregamentos maiores e em menos viagens”, completou Braga.

Prejuízos

De acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), de cada dez cigarros vendidos no comércio formal, três são contrabandeados do Paraguai. Além da fragilidade no controle das fronteiras, o órgão aponta a alta carga tributária sobre o produto como um dos fatores de incentivo ao aumento do contrabando.

Em média, a diferença de preços chega a 85%. O contrabando deste tipo de produto gera, entre outros, um prejuízo anual aos cofres públicos de R$ 2 bilhões em evasão fiscal.

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