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Beira-Mar e Marcinho VP são isolados em penitenciária

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Os mega traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Marcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que cumprem pena na Penitenciária Federal de Catanduvas, estão isolados desde quinta-feira (1º). A medida preventiva é válida por dez dias e foi determinada depois de investigações preliminares apontarem que a dupla é suspeita de envolvimento nos ataques às sedes do AfroReggae nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro (RJ).

Um agente penitenciário que pediu para não ser identificado confirmou que os dois vêm sendo investigados desde julho e que as conversas durante as visitas e com os advogados indicam que eles são os responsáveis pelos atentados. “Todos os presos são monitorados com autorização da Justiça, inclusive no parlatório quando recebem os advogados. E, caso se identifique alguma conversa suspeita, é aberta uma investigação interna”, comentou.

Durante o isolamento de dez dias, Fernandinho Beira-Mar e Marcio dos Santos Nepomuceno apenas poderão receber a visita dos advogados, e ficarão sem o banho diário de sol. “A partir de agora eles deverão aguardar para serem ouvidos pelo juiz corregedor e pelo diretor da unidade.” Os dois estão na Penitenciária de Catanduvas desde abril, quando o Ministério da Justiça fez uma espécie de rodízio de presos entre as cinco unidades federais espalhadas pelo país.

Ataques
O ataque de quinta-feira na Vila Cruzeiro foi o quarto a sedes do AfroReggae nos complexos do Alemão e da Penha em pouco mais de duas semanas. Horas antes da reinauguração no Alemão, na noite de terça (30), a sede foi atingida por pelo menos oito tiros de fuzil. Já no dia 16 de julho, uma pousada da ONG, que fica ao lado da sede, foi incendiada. A ONG também foi alvo de represálias do tráfico na Baixada Fluminense. No último dia 21, em Nova Iguaçu, todos os cabos de energia da sede foram cortados.

Segundo informações publicadas pelo jornal Extra, o nome de Marcinho VP já havia sido envolvido nos episódios pelo coordenador do AfroReggae, José Júnior, ao anunciar, no dia 21 do mês passado, que a ONG sairia do Complexo do Alemão. Em entrevista, o coordenador afirmou que a ordem para os ataques teria sido dada pelo pastor Marcos Pereira, e levada à comunidade por duas irmãs do traficante. “Se o AfroReggae está saindo, é porque o tráfico ainda dá as cartas”, disse o coordenador.

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