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Policial Presos

Beto e Fernanda Richa almoçam juntos e têm comida diferenciada na prisão, diz PM

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Ex-governador está preso em um alojamento com 30 metros quadrados, destinado a curso de soldados; esposa está em um alojamento destinado ao comandante da unidade, com 25 metros quadrados (Foto: Divulgação)

O ex-governador Beto Richa (PSDB) e a esposa, Fernanda, almoçam juntos no Regimento da Polícia Montada, em Curitiba, onde estão detidos desde a terça-feira (11), segundo a Polícia Militar (PM).

Beto e Fernanda foram presos em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que apura pagamento de propina no programa do governo estadual Patrulha do Campo, que faz a manutenção das estradas rurais.

Eles comem separados dos demais detentos. Na janta, recebem comida diferenciada, de fora da prisão, “devido ao estado de saúde”, ainda conforme a polícia.

Beto está em um alojamento destinado ao curso de soldados, de 30 metros quadrados, com beliche, armário e banheiro privativo.

Fernanda está em um alojamento destinado ao comandante da unidade, de 25 metros quadrados, com cama e banheiro privativo.

Além do almoço, o casal tem se encontrado em uma sala separada das celas. Eles estão sem acesso à TV e internet.

Na quarta-feira, ambos receberam a visita da advogada Isabel Mendes, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, diz que o contato entre o casal na prisão pode atrapalhar as investigações. “Pode atrapalhar, sim, entretanto imagino que seja impossível evitar essa circunstância no momento. Quando implantamos alguém no sistema e quando é definido um lugar diferente do tradicional, como neste caso, eles fazem isso como adaptação”, comenta Batisti.

 

Investigação do Gaeco
A investigação do Gaeco é sobre o programa do governo estadual Patrulha do Campo, que faz a manutenção das estradas rurais, batizada de “Rádio Patrulha”.

De acordo com o MP-PR, apura-se o pagamento de propina a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. O MP-PR não informou quais suspeitas caem sobre Beto Richa.

A defesa de Beto Richa disse que só vai se manifestar após a apreciação de um pedido de habeas corpus.

O advogado de Fernanda Richa disse que ela é inocente e que confia na Justiça. A defesa disse ainda que Fernanda sempre esteve à disposição para contribuir com eficiência nas investigações a que foi chamada a responder e que a prisão é excessiva, inadequada e desnecessária.

 

Lava Jato
Beto Richa também foi alvo de mandado de busca e apreensão, também na terça-feira, na 53ª fase da Operação Lava Jato.

Três pessoas – entre elas, o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo – foram presos na operação da Polícia Federal. A defesa de Deonilson disse considerar a prisão desnecessária.

Batizada de “Piloto”, a 53ª etapa da Lava Jato cumpriu 36 mandados judiciais em Salvador (BA), São Paulo (SP), Lupionópolis (PR) Colombo (PR) e Curitiba (PR). O codinome “Piloto”, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, se refere a Beto Richa na planilha da Odebrecht.

A investigação apura um suposto pagamento milionário de vantagem indevida em 2014 pelo setor de propinas da Odebrecht em favor de agentes públicos e privados no Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da PR-323.

Ainda segundo a PF, os crimes investigados na atual fase são corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

 

Por G1 PR

 

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