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BR-277 tem o segundo trecho do país com mais mortes

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Estradas mal projetadas e sem a devida manutenção, um dos mais graves problemas crônicos brasileiros, não são os únicos fatores que contribuem para que o País seja um dos campeões mundiais em mortes em rodovias e também no trânsito das cidades.

Um estudo divulgado no fim de semana pela revista Veja, e que toma como referência alguns dos principais organismos de segurança nacionais, mostra que a imprudência, o desrespeito e a pouca efetividade das leis, as falhas na fiscalização, as deficiências no efetivo e a corrupção, praticada inclusive por motorista, compõem um cenário trágico.

O Oeste é cortado por algumas das rodovias mais perigosas e precárias do País. Exemplo é a BR-163, que atravessa vários estados e que piora consideravelmente em território paranaense. O Dnit investe em melhorias no trecho de Guaíra a Marechal Cândido Rondon e há anúncios de melhorias de Rondon a Toledo e entre o trevo da BR-277, em Cascavel, à ponte sobre o Rio Iguaçu.

Com tráfego de nove mil veículos por dia, desses cerca de mil ônibus e caminhões, um trecho de apenas 70 quilômetros costuma ser cenário de tragédias. Segundo estudos, o trecho com o maior número de mortes no Oeste no ano passado é de apenas dez quilômetros de extensão e está na BR-277, entre Guaraniaçu e Nova Laranjeiras.

Ao contrário da precariedade da 163, que apresenta fadiga no pavimento, deficiência nas sinalizações e acostamento pouco confiáveis, a BR-277, mesmo que neste percurso também seja de pista simples, oferece condições de segurança muito melhores.

A exemplo do que ocorre nos 385 quilômetros da concessão do Lote 3 do Anel de Integração Rodoviário, entre os km 480 e 490 não há buracos na pista, a sinalização está em bom estado e o acostamento se mostra seguro. Além de ser trecho de pista simples, o referido percurso conta com trajeto bastante sinuoso, e em alguns períodos do ano há presença de neblina.

Mas esses não são os principais fatores da violência que o trecho registrou durante o ano passado e que faz dele o quarto mais violente do País e, proporcionalmente, o segundo mais crítico entre todas as BRs. Perde apenas para os Kms 390 a 400 da BR-040, em Juiz de Fora (MG). Lá, em 16 acidentes morreram 18 pessoas.

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