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Policial Caso Daniel

Em depoimento, um dos suspeitos afirma que Daniel foi levado para ser castrado e todos sabiam disso

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Versão de suspeito e diferente da dos outros dois suspeito, que foram ouvidos na sexta-feira (09) (Foto: Divulgação)

 

O último dos quatro homens que estava dentro do Veloster em que Daniel de Freiras Corrêia, de 24 anos, foi levado para a morte na manhã de 27 de outubro, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (12) na Delegacia de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. O suspeito, de 19 anos, é namorado de uma prima de Cristiana, de 35, esposa do empresário” Juninho Riqueza”, de 38, que foi o responsável pelas facadas que mataram o jogador de futebol.

Durante o relato aos policiais, o suspeito, que está preso pelo crime, deu versão diferente de um dos outros dois suspeitos, de 19 e 18 anos, que também estão detidos. Ele afirmou que os três entraram no carro por livre e espontânea vontade e com a intenção de castrar o ex-atleta do Coritiba.

“Não intimidou ninguém [o empresário]. Ele convidou e as pessoas aceitaram. A justificativa era fazer a castração e deixar o rapaz para ser socorrido, para não estuprar mais ninguém. No caminho, ele olhou o celular do Daniel e ficou alterado. O carro parou e ele desceu, dando golpes diretamente no pescoço do jogador. Em seguida, arrastou para a plantação e fez a castração, tudo sozinho. Um dos jovens que estava no carro chegou a ter ânsia de vômito. Quem estava ali não queria a morte do jogador, mas estava ciente de que fariam a castração”, disse à Banda B o advogado do empresário, que representa o suspeito.

O jovem, que é morador em Foz do Iguaçu e veio para Curitiba comemorar o aniversário de 18 anos de Allana, não estava embrigado. “Já tinha passado isso. Na hora que a confusão aconteceu no quarto, ele já dormia e foi chamado pela Cristiana, afirmando que estavam agredindo o Daniel. Ao chegar, acreditando na versão do estupro, também bateu no jogador. Ele confessa e não tem problema em contar toda a verdade”, destacou.

 

Não era para matar

Ainda de acordo com o advogado, nem mesmo o empresário saiu da residência planejando a morte do jogador. “Se fosse para matar, ele [o empresário] iria sozinho, não precisava dos demais, porque o Daniel já não tinha reações. Agora a ideia era a castração, inclusive ele afiou a faca e disse que iria castrar, porque isso tinha que ser feito com o estuprador. Porém, no caminho, as coisas mudaram, pelo o que ele viu no celular do jogador”, descreveu.

O advogado ainda comentou que espera que o seu cliente não responda pelo assassinato. “Ele não queria o homicídio e não participou. O ato, para ele, não iria ocorrer. Cometeriam um crime gravíssimo pela castração e foram conscientes disso, o que juridicamente é uma lesão corporal gravíssima. Está arrependido e vai responder por isso”, concluiu.

 

Com Banda B

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