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Policial Ação da Polícia Federal

Fuzis que saíram de Cascavel são apreendidos em aeroporto no Rio de Janeiro

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PF apreende 11 fuzis no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio (Foto: Divulgação/PF)

O delegado da Polícia Federal (PF) em Cascavel, Marco Smith, disse nesta quarta-feira (24) que os 11 fuzis apreendidos no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, não foram interceptados antes porque o objetivo era prender o destinatário.

O arsenal, que inclui 19 carregadores, descoberto na terça-feira (23) com a ajuda de cães farejadores dentro de uma fritadeira elétrica foi despachado desacompanhado na segunda-feira (22) por meio do serviço de carga de uma companhia aérea que atua no Aeroporto Municipal de Cascavel.

“Tínhamos forte suspeita de que havia algo de errado com esta carga. Mas, não a abrimos porque seria mais interessante identificar e prender o destinatário, como aconteceu”, explicou o delegado.

Conforme Smith, assim que a encomenda foi despachada, a PF do Rio de Janeiro foi informada das suspeitas.
A ação, completou o delegado, tem relação com uma organização criminosa que atua na região da fronteira com o Paraguai e é responsável pelo envio de drogas e de armas para o Rio de Janeiro e São Paulo.

As investigações apontam ainda que ao menos dez cargas semelhantes já haviam seguido do aeroporto de Cascavel para o mesmo destinatário até que a última fosse interceptada. Como vários remetentes foram usados, a PF apura se mais de uma pessoa despachou as encomendas ou foram usados nomes falsos.

Imagens de câmeras de monitoramento do terminal serão usadas na tentativa de identificar o responsável pelo envio da encomenda.

O uso do aeroporto e de transportadoras de cargas, entre outros, vem sendo investigado pela PF em conjunto com a Receita Federal.

“Com isso, identificamos a atuação destas quadrilhas não só no aeroporto. Com a repressão, veremos uma migração em breve para outro tipo de logística, mas estamos preparados”, comentou Smith.
Cascavel, aponta, está localizada em um importante entroncamento rodoviário que liga municípios da fronteira a outros centros.

“Estas quadrilhas acreditam que a atuação da polícia é mais forte na fronteira em si, como Foz do Iguaçu e Guaíra, por isso acabam estendo a atuação para Cascavel”, apontou.

 

FISCALIZAÇÃO

O delegado destacou também que as mercadorias desacompanhadas e despachadas pelo serviço de carga das companhias não passam por fiscalização, diferente do procedimento que envolve bagagens de passageiros.
A Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito de Cascavel (Cettrans), responsável pela administração do terminal, reforçou que por se tratar de um aeroporto municipal apenas as bagagens de mão passam pelo escâner.

Já a Azul Companhia Aérea, que prestou o serviço de transporte dos produtos apreendidos, declarou que está colaborando com as investigações da PF e que não pode comentar o caso.

 

COMPLEXO DO ALEMÃO

Seguindo o delegado de Repressão à Entorpecentes da PF no RJ, André Santana, as armas e os cerca de 2 kg de cocaína apreendidos tinham como destino o Complexo do Alemão. “A nota estava em nome de um homem que tinha como endereço o bairro de Inhaúma. Em depoimento, ele admitiu que levaria a droga para a favela”, afirmou.

O delegado contou ainda que o suspeito, de 34 anos, receberia R$ 100 para levar o carregamento até a comunidade.

Os fuzis foram descobertos ainda no setor de cargas do aeroporto Santos Dumont. Para identificar o destinatários, os policiais, acompanhados de fiscais da Receita Federal, fecharam a caixa e aguardaram até que a mercadoria fosse retirada. O suspeito foi preso em flagrante por posse ilegal de armas e tráfico de drogas.

 

Com RPC TV

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