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Polícia prende sócio de frigorífico por crime ambiental no PR

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Dejetos são lançados sem tratamento em lagoa de decantação sem o devido tratamento, diz polícia

O sócio-proprietário de um frigorífico foi preso ontem (06), em Apucarana, suspeito de cometer crime ambiental poluindo um afluente do rio Pirapó. Durante uma fiscalização realizada pelo Ministério Público (MP) e as polícias Civil e Ambiental, foi verificado que a empresa continua jogando resíduos em tanques de decantação, o que já tinha sido proibido pela Justiça em maio.

O empresário foi solto no final da tarde, por ordem da Justiça. Segundo a polícia, no local foi constatado o despejo de material solido biológico, sangue in natura e águas, resultantes das atividades do frigorífico, em tanques de decantação.

“O Ministério Público, a partir desses fatos, já tem comprovação suficiente que a empresa, embora estivesse proibida, estava lançando o afluente. Vamos fazer a execução da multa desde que houve a execução da empresa, em junho, até a data de hoje”, disse o promotor público Vilmar Fonseca.

A primeira vez que o MP notificou a empresa foi em março de 2013, após uma tubulação que levava os dejetos até as lagoas de decantação romper, fazendo com que o sangue puro de animais atingisse o leito do rio Pirapó. Em abril, um dos cinco tanques não suportou o excesso de resíduos e acabou poluindo o rio novamente.

Em maio, a Justiça Estadual determinou que, em caso de descumprimento, a empresa pague multa diária no valor de R$ 10 mil. De acordo com a decisão, a empresa deve apresentar quinzenalmente a comprovação do destino correto dos efluentes líquidos e resíduos sólidos por ela produzidos, além das licenças de operação necessárias.

O MP afirma que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) oferece licenças irregulares ao frigorífico. Isso porque, um decreto estadual de 2008 proíbe tanques de tratamento em áreas de mananciais, como o encontrado no local. O IAP já aprovou as atividades da empresa por duas vezes neste período.

Porém, o Instituto Ambiental do Paraná informou , nesta sexta-feira, que o frigorifico foi instalado na década de 60, anterior ao decreto e, por isso, não pode revogar a licença de funcionamento. O rio Pirapó é um importante manancial para captação de água potável de vários municípios da região.

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