Política Entrevista ao O Presente
“Acreditamos que o povo vai olhar o lado da experiência”, avalia Norberto Pinz
“Honestidade, trabalho, verdade e desenvolvimento”. Este é o mote de campanha do grupo formado por MDB, PSC e PSD de Nova Santa Rosa, que disputa a reeleição tendo como candidatos a prefeito e a vice-prefeito Norberto Pinz e Noedi Hardt, respectivamente, ambos do MDB.
Pinz já entrou para a história do município ao ser o primeiro prefeito reeleito. Agora, ele quer ir além: está em busca do 4º mandato. Em entrevista ao Jornal O Presente, o gestor nova-santa-rosense destacou que foi classificado entre os 30 melhores prefeitos do Paraná dos 399 municípios, o que lhe dá motivação para continuar o trabalho.
Além disso, o mandatário falou dos investimentos e que pretende continuar dando uma atenção especial no interior como forma de possibilitar que o produtor rural consiga escoar sua produção. Confira.
O Presente (OP): Como o senhor tem avaliado a campanha até o momento?
Norberto Pinz (NP): Avaliamos de forma muito boa. Estamos indo de casa em casa, as pessoas nos recebem muito bem e aprendemos muito com essas visitas. O trabalho eficiente que nossos agricultores fazem é muito importante. Sou agricultor e sei da necessidade deles. O que mais nos pedem é estrada. Os produtores sabem trabalhar e estão na luta no dia a dia. Se nosso município hoje está bem é porque os nossos pioneiros e os que vieram depois trabalham por Nova Santa Rosa.
OP: Existe uma tendência de nos dias finais a campanha ficar mais acirrada. O senhor acredita que em Nova Santa Rosa a eleição pode partir para um clima de ânimos mais exaltados?
NP: Acho que não. A comunidade toda nos conhece e conhece nossos adversários. Acredito que será uma campanha tranquila pelo respeito que temos pela comunidade. A experiência que tenho na busca do 4º mandato de prefeito, além de dois mandatos como vereador, me dá uma confiança grande de termos uma campanha tranquila, sem acusações e sempre pensando no bem do próximo. Queremos levar a campanha assim até no fim. Cada lado político vai buscar o seu espaço.
OP: A eleição de 2018 demonstrou que a população queria uma renovação política naquele momento. Em âmbito municipal o senhor sente isso também ou a experiência fala mais alto?
NP: No âmbito nacional todo mundo queria mudanças, mas vejo que no âmbito municipal várias cooperativas têm demonstrado que a continuidade do trabalho que tem sido feito é importante na nossa região. Estamos em uma região essencialmente formada pelo sistema cooperativista, em que os diretores fazem o melhor e o crescimento das cooperativas é extraordinário. Fizemos um trabalho sério desde o primeiro dia. Não paramos. Se temos 15 obras em andamento, licitadas, e que queremos terminá-las até o fim do ano, é porque temos uma experiência muito grande. Estamos em um ritmo em que nunca fizemos tanto por Nova Santa Rosa como em 2020. Buscamos parcerias com Itaipu, governo estadual e governo federal e fomos bem atendidos. Temos uma ampla experiência e contatos muito bons. Isso nos fortalece e acreditamos que o povo vai olhar o lado da experiência e a capacidade de quem tem muito a contribuir ainda por Nova Santa Rosa. Entre os 399 municípios, fui classificado entre os 30 melhores prefeitos do Estado. Isso me dá força e vontade para dar prosseguimento ao trabalho que fizemos em todas as áreas do município.
OP: Em relação às obras, alguns adversários políticos criticam que o senhor deixou para o último ano de governo para realizar tais investimentos. Qual seu argumento sobre isso?
NP: Não é verdade. No primeiro mês investimos no anel viário, que estava todo esburacado e os veículos não podiam nem trafegar. Tínhamos um convênio com a Itaipu que foi renovado. Trabalhamos desde o primeiro dia e vamos trabalhar até 31 de dezembro. Nunca se trabalhou tanto em Nova Santa Rosa e precisamos destacar as parcerias que tivemos, como da Itaipu no valor de R$ 4,6 milhões e mais de R$ 10 milhões do governo federal. Muitas obras estão em andamento e queremos dar continuidade, como no asfalto rural, pedra irregular, adequação de estradas e tantas outras. Em 2017 foi assinado investimentos de R$ 23 milhões em saneamento básico, buscamos parceria para implantação de um projeto de biogás junto à Itaipu Binacional de R$ 17 milhões para atender uma comunidade grande de produtores. Por outro lado, ainda há obras inacabadas desde 2012, quando deixamos no Parque de Exposições um barracão de dois mil metros quadrados. O projeto está pronto. Neste caso, a licitação ocorreu há mais de um ano e a empresa aguarda o início da execução, mas o governo federal deu uma segurada por conta da Covid-19. Então há várias obras licitadas e esperando para serem executadas, mas que ainda não conseguimos terminar.
OP: O senhor quer dizer que deixou a prefeitura em 2012 e o governo que lhe sucedeu não deu continuidade a algumas obras?
NP: Correto. Tanto no Parque de Exposições como em dez casas populares, por meio de uma emenda do ex-deputado federal Dilceu Sperafico e que não foi realizada. Isso nos dói muito. Com a Itaipu havia um convênio de quase R$ 2 milhões e não foi executado, o que nos deixa envergonhados. Não queremos que isso novamente aconteça. Do Governo do Estado havia seis quilômetros de pedra irregular e somente um foi executado, o dinheiro do resto foi devolvido. São obras importantes e que não aconteceram.
OP: Em busca do 4º mandato como prefeito, quais as principais propostas que o senhor tem levado à comunidade? O que é uma carência no município e que precisa receber uma atenção especial?
NP: Temos várias coisas. Já mencionei da agricultura, que é essencial. As estradas precisam estar com boa manutenção todos os dias, pois o trabalho no interior não para. As parcerias com a Itaipu e com os governos estadual e federal são importantes. Temos muito ainda a fazer pelos nossos produtores, principalmente os pequenos. Na industrialização, temos uma grande proposta de destinar uma nova área voltada a parque industrial. Temos contatos com várias indústrias que desejam vir a Nova Santa Rosa, mas falta barracão e área. Vamos lutar muito para que um novo parque industrial seja implantado para instalação de novas indústrias que queiram vir ao município e outras que vão se somando.
O Presente
