Política Janela partidária
Ademir Bier pode deixar MDB: “Não descarto conversar”
A janela partidária foi aberta na última quinta-feira (08) e, somente no primeiro dia, estima-se que ao menos 15 deputados entre estaduais e federais trocaram de partido no Brasil, como o presidenciável Jair Bolsonaro, que deixou o PSC e foi para o PSL. Este é o período em que os legisladores podem mudar de filiação sem correr o risco de perder o mandato. O prazo encerra em 07 de abril.
Dentre aqueles na lista dos parlamentares que estariam avaliando a mudança partidária está o deputado estadual Ademir Bier, que fez carreira política no MDB, onde está há cerca de 38 anos. Ontem (12) surgiram fortes rumores de que o emedebista já estaria com um pé no PSD.
Momento do diálogo
Procurado pelo Jornal O Presente, Bier disse que este é o momento em que os deputados avaliam a situação política e que “todo mundo conversa com todo mundo”. “Estamos fazendo nossas avaliações também. Não descarto conversar. Estamos conversando e não tem segredo nisso. Na Assembleia todo mundo conversa com todo mundo”, frisou.
Grupamento político
O deputado enfatiza a importância de, antes de qualquer defi nição ou conversa, manter contato com o seu grupamento político. “Os meus parceiros de antigamente são meus parceiros de hoje e de amanhã. Isso eu tenho muito claro. Não estou tomando atitude e não vou tomar nenhuma sem possivelmente conversar com a grande maioria dos meus companheiros na região”, expôs.
Representatividade
Para Bier, hoje vive-se um momento diferente, pois ainda não se sabe quem serão os candidatos. “Precisamos fazer uma avaliação sobre essas coisas. Tenho que pensar também na representatividade regional, que não podemos perder. Para a nossa região acho que é importante. Tudo passa por essas avaliações que precisam ser feitas”, menciona.
Descontentamento
Ao ser questionado se estaria descontente com o MDB para abrir eventuais conversas com outros partidos, o deputado é enfático: “Há um descontentamento geral com tudo. Hoje os partidos políticos, todos eles, estão fragilizados. Nesta eleição os eleitores vão votar nas pessoas e não tenho dúvida nenhuma disso. Tudo isso é avaliação que precisamos fazer”, conclui.