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Política Nova composição da Câmara

“Agora sabemos quem é companheiro e quem não é”, diz Jones Heiden

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Prefeito de Entre Rios do Oeste, Jones Heiden (PSD): “Mesmo sendo ‘parceiros’ políticos, havia um clima ruim. Agora, pelo menos, sabemos quem é quem” (Foto: Arquivo/OP)

O fim da janela partidária, que encerrou há uma semana, trouxe uma nova composição político-partidária na Câmara de Vereadores de Entre Rios do Oeste. O grupo de oposição, que no início da atual legislatura tinha apenas dois parlamentares, passa a contar com seis agora, obtendo a maioria.

Em entrevista ao Jornal O Presente, o prefeito Jones Heiden (PSD) considera que essa alteração era questão de tempo para acontecer. “Já estávamos desta forma. Alguns vereadores da base não estavam concordando com a forma como a gente vem administrando o município. Sempre tinha problema, sempre tinha dificuldade. Mesmo sendo ‘parceiros’ políticos, havia um clima ruim. Agora, pelo menos, sabemos quem é quem. Ficou melhor, eu penso. Sabemos quem é companheiro e quem não é”, declara.

Questionado se acredita que pode haver dificuldade na relação com a Câmara, o prefeito salienta que não está fazendo nada errado em termos de gestão. “Se eles reprovarem alguma coisa, não vão reprovar para o prefeito, mas para a comunidade de Entre Rios. Jamais vamos querer fazer alguma coisa para beneficiar um ou dois. Sempre trabalhamos pelo coletivo. Este foi um dos problemas que alguns vereadores não concordavam. Eles achavam que tínhamos de trabalhar de forma mais individualizada e eu sempre dizia que não, pois deveria ser no coletivo, e em tudo, não deixando nenhuma área de fora. Olhamos para todas as áreas, como educação, saúde, agricultura, indústria e comércio”, menciona.

Heiden reforça o cenário político citando o exemplo da compra da antiga Cassava. “Alguns já foram contra na compra. Sete vereadores então concordaram e compramos. No entanto, depois para fazer investimentos e gerar empregos os vereadores foram contra. Isso ficou ruim, pois como vamos comprar uma área, em que sete aprovaram, e depois negam fazer os investimentos necessários para dar condições de uso aos barracões?”, questiona. “Ficou um clima ruim e por isso que começam os desentendimentos, mas mais por ciúmes”, opina.

O gestor vai além e desabafa: “Se resolvermos quase todos os problemas que tinham no município acham que queremos ficar muito iluminados. O medo deles é que daqui quatro anos eu volte. Essa é a verdade. Agora vão fazer de tudo para reprovar uma conta de 2013 em que fizemos uma contratação direta de médicos. Vão fazer de tudo para me deixar inelegível. Essa é a composição política de Entre Rios do Oeste”, argumenta.

Apesar disso, Heiden salienta que as obras vão continuar e frisa: “Não tem nada de errado no nosso governo. Se reprovarem as contas de 2013 não tem problema, pois sei dos meus atos e não iria ficar sem médico no início do governo. Fomos denunciados por um cidadão e teremos que pagar essa conta, porque pensamos no coletivo”, declara.

 

Eleição

Especificamente sobre a eleição, o prefeito considera que o grupo de situação está fortalecido com a adesão de algumas lideranças, dentre elas o ex-prefeito Lauro Rohde. “Temos líderes que manifestaram interesse em sair candidatos. Na hora oportuna vamos anunciar estes nomes. Já temos 15 nomes para a disputa à vereança, três a quatro nomes à disposição para a disputa a prefeito, e cinco a seis para vice. No tempo certo anunciaremos. Contamos com uma administração tranquila e talvez isso que machuca a muitos. Não concordam com a forma como resolvemos administrar o município. Fizemos mudanças e isso incomoda, porque muitos gostariam que voltasse a ser como era antes, muitas vezes sendo administrado para uma dúzia de pessoas”, conclui.

 

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