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Política Data-base

Assembleia volta atrás e vai votar projeto que prevê reajuste de 4,94% aos servidores do Judiciário

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Foto: José Fernando Ogura/ANPr

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) anunciou, nesta segunda-feira (19), que a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) irá votar em separado a data-base dos servidores do Poder Judiciário. Com a decisão, é provável que o projeto que prevê reajuste de 4,94% em parcela única seja aprovado pela Casa. A votação havia sido suspensa no primeiro semestre pelo presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), que afirmava na ocasião que ela só ocorreria se houvesse acordo para a aprovação dos servidores do Executivo estadual.

Em nome de uma chamada “isonomia” entre os poderes, a Alep apresentou na semana passada um projeto que equiparava o reajuste do Tribunal de Justiça (TJ-PR), Ministério Público (MP-PR) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) ao valor ofertado pelo governador Ratinho Junior aos servidores do governo, como professores e policiais.

O índice total do reajuste ofertado aos servidores do Executivo é de 5,08% parcelado, com a aplicação de 2% em janeiro de 2020 e mais duas parcelas, de 1,5% cada, em janeiro de 2021 e em janeiro de 2022.

A mudança de entendimento de deputados estaduais aconteceu após mobilização do Sindicato dos Servidores do Poder do Judiciário (Sindijus). Após o anúncio de Romanelli, alguns servidores chegaram a comemorar a decisão nas galerias da Alep.

 

“QUEREMOS IGUAL”

Diante do anúncio de Romanelli, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) informou que não é contrário ao reajuste dos servidores do Judiciário, mas disse esperar que os servidores do Executivo também consigam a reposição da inflação.

A coordenadora do FES, Marlei Fernandes, informou que a mobilização e as conversas com os deputados continuam. “Não será o primeiro ano de um reajuste diferenciado [entre os poderes]. Em 2017 e 2018, nós servidores do Executivo não tivemos reajuste, enquanto os servidores dos outros poderes, que também são trabalhadores do estado, tiveram a reposição. Nos causou até surpresa fazer igualitário. Mesmo que os outros poderes digam que cada um tem seus recursos financeiros próprios, nós fazemos um debate de que todo recurso é do povo do Paraná e que isso precisa ser melhor discutido. Nós não somos contrários ao reajuste dos outros poderes, mas queremos acertar para que o nosso fique igual”, disse.

O FES não descarta entrar novamente em greve, mas faz no momento o acompanhamento para tentar encontrar possibilidades de reajuste também ao Executivo em 2019.

 

Com Banda B

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