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Com aumento zero para servidores do Executivo, Alep diz que não votará reajuste para demais poderes

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Traiano: "Se o governo não propor nada em relação à reposição salarial dos servidores do Executivo, eu não vou pautar nenhuma das mensagens dos demais poderes" (Foto: Sandro Nascimento/Alep)

Em meio à ameaça de greve dos servidores públicos estaduais do Executivo a partir desta terça-feira (25), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), confirmou hoje que já recebeu os projetos de reposição salarial dos funcionários do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, de 4,94%, relativa à inflação de abril de 2017 a maio de 2018. Traiano afirmou, porém, que se o governo do Estado mantiver a decisão de reajuste zero para os servidores do Executivo, não vai colocar a reposição dos funcionários dos demais poderes – incluindo do Legislativo – em votação.

“Os poderes já encaminharam as mensagens à Assembleia. Como presidente da Casa, vou segurar essas matérias para uma discussão com o Poder Executivo, ouvindo o governador, as dificuldades que ele tem para aplicar a reposição salarial. Se o governo não propor nada em relação à reposição salarial, eu não vou pautar nenhuma das mensagens dos demais poderes. Acho que temos que dar um tratamento igualitário a todos”, disse Traiano. “Eu não vou pautar essas matérias”, afirmou.

Na semana passada, o líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD), já havia dito que a tendência entre os parlamentares era não aprovar reajuste para os servidores dos demais poderes, caso o Executivo mantivesse o congelamentos dos salários de seus funcionários. A declaração foi dada depois que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça aprovou reajuste de 4,94% para seus funcionários.

A data-base do reajuste anual dos servidores públicos paranaenses vence em maio. Os funcionários do Executivo – que estão com os salários congelados desde 2016 e acumulam perdas de 17% – reivindicam a reposição da inflação dos últimos doze meses, de 4,94%.

Inicialmente, o governo sinalizou que não haveria nenhum reajuste, alegando que os gastos com pessoal já estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e que a situação da economia do País indica que não há perspectiva de aumento da arrecadação em 2019. Após os protestos da categoria no dia 29 de abril, o Executivo concordou em montar uma comissão com representantes dos sindicatos e parlamentares para discutir o assunto.

Após oito rodadas, porém, as negociações não avançaram. Os sindicatos, então, anunciaram greve a partir de amanhã, caso não haja uma proposta concreta do Executivo, que prometeu apresentar uma posição oficial até essa data.

Na última quinta-feira (20), o governador Ratinho Júnior (PSD) afirmou, em passagem por Londrina, que o governo não tem dinheiro para conceder o reajuste. “Não existe a possibilidade de reajuste, porque representaria quase R$ 1 bilhão a mais de gastos. Temos que trabalhar com a realidade. Isso exigiria aumento de arrecadação e a população já paga muito imposto”, justificou.

 

Com Bem Paraná 

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