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Política Entrevista ao O Presente

“Desde o começo tinha certeza que a oposição iria ganhar a eleição”, diz Ézio Dörner

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Presidente da Câmara de Vereadores de Mercedes, Ézio Dörner (DEM), em visita ao Jornal O Presente (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

Vereador em seu segundo mandato e o mais votado na eleição de 15 de novembro, Ézio Dörner (DEM) assumiu, no último dia 1º, a presidência da Câmara Municipal de Mercedes ao ser conduzido ao cargo com oito dos nove votos possíveis.

Em visita ao Jornal O Presente, o democrata falou do novo momento em que o município vive. Isto porque a eleição marcou a quebra de um ciclo na política local. O grupo liderado pelo MDB e PSD deixou o governo após 16 anos. Com isso, o Democratas do prefeito Laerton Weber e do vice-prefeito Alexandre Graunke passa a comandar o paço municipal. Confira.

 

O Presente (OP): Como foram as tratativas para eleição da mesa diretiva? Foram tranquilas?

Ézio Dörner (ED): Muito tranquilas. Sentamos e conversamos. Nos reunimos, inclusive, com o prefeito (Laerton Weber) e o vice-prefeito (Alexandre Graunke). Como eu fui o mais votado e já fui vereador antes, sugeri que o meu nome fosse colocado à disposição para presidência da Câmara. Foi unânime para todos os vereadores do nosso grupo político. Depois disso, procurei os vereadores da oposição, que prontamente se prontificaram e me ajudaram, porque acharam que eu seria uma pessoa correta e com uma trajetória na Câmara. Acharam por bem me apoiar nesse momento.

 

OP: Qual deve ser o foco da sua gestão?

ED: O foco é sempre ter muita transparência e chamar o público para as sessões. Acho que a nossa Câmara de Vereadores ainda está com uma dificuldade muito grande de participação do povo. Temos que ver isso e vou até sugerir mudar o horário da sessão. Acho que o horário é um pouco difícil. Às 18h30 a maioria das pessoas que mora no interior tem dificuldade para ir à sessão. Vou sugerir fazer a sessão mais tarde, às 19h30 ou às 20 horas. Vamos conversar com os colegas vereadores e ver mais para frente para tomar essa decisão.

 

OP: Há algum projeto que o senhor entende ser importante entrar em discussão?

ED: Ainda não. Ainda não temos, pois estamos trabalhando em meio período na Câmara de Vereadores. Os funcionários estão de férias, faltam alguns, mas todo dia está funcionando em meio período. Sempre têm algumas pessoas saindo e outras voltando. Eu até comentei para o prefeito e ele, de repente, vai mandar os projetos lá pelo dia 18 e 19 (segunda ou terça-feira). Então podemos fazer sessão extraordinária. No regimento da Câmara, o início das sessões é só no dia 15 de fevereiro.

 

OP: Como o senhor avalia que deve ser essa legislatura com a nova composição da Câmara?

ED: Eu espero que seja tranquila. Pelo que eu conheço os vereadores é um grupo de pessoas decentes, tranquilas. Eu acredito que seja muito tranquilo.

 

OP: O grupo de situação conquistou a maioria no Poder Legislativo. Isso deve dar tranquilidade à base do prefeito?

ED: Dá uma tranquilizada a mais, porque na última vez a gente estava na oposição e era difícil. Mas acho que todo vereador eleito deve fazer sua função. Penso que todos os projetos que vierem bem-feito, bem esclarecidos, não terão dificuldades de aprovação.

 

OP: O senhor acha que será um ano de muito trabalho considerando ser o início do governo do prefeito Laerton ou ele ainda está se colocando a par da situação na prefeitura?

ED: Vai, vai ter muito trabalho e tem muito a ser feito no nosso município. A população cobra muito e, por isso, acho que teve essa mudança. Vamos trabalhar muito nessa legislatura.

 

OP: Como o senhor avalia a quebra de um ciclo de um grupo na prefeitura e a posse do novo prefeito?

ED: A quebra é sempre assim. Há um desgaste e isso é uma coisa natural. Nós tivemos vários problemas com a ex-prefeita (Cleci Loffi, PSD). Acho que a população viu onde estava a verdade e isso foi fundamental. Outra, nós fizemos uma campanha tranquila, não batendo em ninguém e mostrando os nossos projetos, nossa realidade, o que iríamos fazer e o povo foi entendendo isso. Então, deu essa alavancada muito boa na campanha. Desde o começo eu tinha certeza que a oposição iria ganhar a eleição.

 

OP: O que o senhor acha que foi o ponto principal que levou à vitória do prefeito Laerton? O desgaste do então grupo de situação ou o trabalho que o atual gestor pode realizar?

ED: Acho que as duas coisas. O desgaste da ex-prefeita foi bastante grande, ela teve uma polêmica e isso a desgastou. Os projetos desse novo governo foram muito importantes. Nós fizemos projetos para asfaltar o interior do nosso município, algo que está bastante atrasado se comparar com outras cidades. Colocamos na cabeça das pessoas que poderíamos fazer mais pelo interior e isso foi alavancando a campanha e até hoje estamos tranquilos nessas questões. Por isso o povo cobra tanto agora.

 

OP: O que o senhor diria para aquelas pessoas que têm dúvidas sobre como deve ser este novo governo?

ED: Eu acho que não deveriam ter dúvidas, porque o prefeito é uma pessoa tranquila, honesta, o que ele fala cumpre. As pessoas não deveriam ter dúvidas. Eu vou tranquilizar essas pessoas, mesmo aquelas que não votaram: podem ficar tranquilas. Vamos fazer um serviço para todos, vamos trabalhar para toda a população mercedense.

 

OP: Qual área do município o senhor acha que mais merece atenção?

ED: Eu acho que hoje é o interior, porque a gestora que nos antecedeu trabalhou muito na cidade. Então, hoje, o foco maior é no interior. Temos muitos aviários, muitos chiqueirões, e temos que dar condições melhores para os agricultores. Acho que este é o foco maior nesse momento.

 

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