Fale com a gente

Política Manifestação da Procuradoria-Geral

“É ridículo o pedido de prisão”, critica ex-deputado Alfredo Kaefer

Publicado

em

Empresário e ex-deputado federal Alfredo Kaefer: “Estou confiante que a decisão se reverta. Foi um erro burocrático, não houve dolo e nem lesão para nenhuma das partes" (Crédito: Arquivo/OP)

“O processo não está concluso ainda. Ela pode pedir o que quiser. Pedir ela pode pedir o que quiser”. A afirmação foi feita hoje (31) pelo empresário e ex-deputado federal Alfredo Kaefer, ao Jornal O Presente, em relação a uma manifestação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No documento, ela requer a rejeição de pedidos feitos pela defesa do ex-deputado federal e que ele já cumpra a pena. Em janeiro, o ex-parlamentar foi condenado pela 1ª Turma do STF a quatro anos e seis meses de prisão e ao pagamento de multa pela prática dos crimes de empréstimo irregular. Os advogados pediram para que o Supremo recalcule a pena final aplicada. No entendimento da PGR, a pena deve ser cumprida imediatamente.
De acordo com Kaefer, ainda há recursos e a tramitação do processo não terminou. O ex-deputado também reagiu quando questionado se procede a informação de que a qualquer momento pode ser expedido um mandado de prisão: “O Ministério Público é maluco, de alto até em cima. Acham que podem tudo, querem tudo. O processo nem terminou ainda. É ridículo o pedido de prisão dela (procuradora)”, criticou.

Confiança na Justiça
Questionado como se sente com a manifestação de Raquel Dodge e a possibilidade de prisão, o empresário foi enfático: “Estou confiante que a decisão se reverta. Foi um erro burocrático, não houve dolo e nem lesão para nenhuma das partes. O próprio processo diz que foi feita uma operação entre empresas, mas ninguém foi prejudicado. Infelizmente, existe uma lei que diz que não pode fazer assim e aí, de repente, depois de 19 anos passados acontece um negócio desse”, declarou, acrescentando: “Fiz um mandato parlamentar de 12 anos primoroso. Não tenho nenhuma condenação no campo político. Nada, mas absolutamente nada. Zelei pelo meu mandato e agora uma coisa extra parlamentar, um erro burocrático, acaba culminando com uma situação dessa. O meu advogado já apelou os embargos e estou muito confiante de que haja reversão da decisão e que o processo pode ser arquivado”, concluiu.

Entenda
Investigações revelaram que, em 2003, a Sul Financeira concedeu empréstimos à Diplomata Industrial e Comercial, de Cascavel, ambas empresas controladas por Kaefer, o que torna a operação ilegal por lei.

Copyright © 2017 O Presente