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Política Avanços da gestão

“Investimos R$ 31 milhões em obras de infraestrutura”, enaltece Marcio Rauber

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Prefeito Marcio Rauber: “Em dois anos e dez meses executei o dobro em volume de recursos do que o governo anterior em oito anos. Em dois anos e dez meses investi R$ 31 milhões, quando o governo que me antecedeu aplicou R$ 16 milhões em pavimento asfáltico e poliédrico” (Foto: Joni Lang/OP)

O prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber (DEM), esteve na última quarta-feira (13) na sede de O Presente, ocasião em que apresentou números dos dois anos e dez meses de sua gestão. Ele apontou avanços em inúmeros setores, especialmente no de infraestrutura, por meio de projetos de pavimentação com pedras irregulares e pavimento asfáltico, e assegurou que pretende entregar a cidade 100% asfaltada ao final de seu mandato.

Rauber evidenciou uma série de obras, tanto as que foram concluídas e as que estão em andamento, bem como as que ainda pretende realizar. O gestor declarou que a reconstrução do Anel Viário deve ser concluída até o fim deste mês e que se empenhará para que os trabalhos do Contorno Oeste sejam retomados. Confira.

 

O Presente (OP): É possível dizer que Marechal Rondon passa por uma transformação ou revolução em termos de infraestrutura?

Marcio Rauber (MR): Com toda certeza. Nunca se viu em Marechal Rondon tanta obra executada e em execução especialmente na pavimentação, seja asfalto novo, pedra irregular nova e recape asfáltico sobre recape com problemas e tudo em pouco tempo, pois se trata dois anos e dez meses de governo e quando se fala de gestão no município são avaliados quatro ou oito anos.

 

OP: Quais são as obras que o senhor destaca entre as principais já realizadas no seu governo?

MR: Iniciamos nosso governo fazendo pavimento de Margarida a Pato Bragado e de Marechal Rondon ao distrito de Margarida. Trata-se de uma obra importante porque o volume de pessoas que reside em Margarida é grande e também de quem vem à sede municipal é muito grande. A maior região do município está lá e essa estrada não tinha condições de trafegabilidade. Progressivamente fizemos Marechal a Margarida, Margarida a Novo Horizonte, de Margarida a São Roque, trecho de Margarida a Pato Bragado e agora o término da pavimentação asfáltica de Margarida a Pato Bragado. Brigamos muito junto ao Governo do Estado para viabilizar o recape asfáltico de Marechal Rondon a Porto Mendes, obra do Estado no município, da mesma forma a terceira pista de Curvado a Rondon. No primeiro ano executamos um trecho da rodovia estadual até o Clube Lira porque tínhamos o interesse de uma empresa dinamarquesa se instalar em Rondon e precisava de condições. Levamos asfalto ao Lira, a empresa adquiriu uma área ao lado da área do município e em pouco tempo vai construir. Demos segurança para a empresa se instalar e a estrada dá segurança aos moradores de Novo Horizonte para virem à sede sem passar pela BR-163. Da mesma forma Porto Mendes até Mercedes, grande parte das propriedades de Porto Mendes têm ligação através dessa estrada, então demos infraestrutura necessária para os produtores levarem sua produção com qualidade, além de facilitar o tráfego diário.

 

OP: No início do governo foi assumido um compromisso ousado: a pavimentação dos bairros. O senhor de fato vai conseguir pavimentar todos os bairros e quantos serão concluídos até o final do governo?

MR: Este é meu desejo: entregar nossa cidade 100% asfaltada. Quando digo 100% é um desrespeito até porque sou matemático e tem uma ou outra rua de determinada localidade que possui problemas e não terá como pavimentar, por ser chácara e devido a outros detalhes que não vamos resolver tudo agora. Fizemos o Laureth, na Vila Gaúcha, Rainha, Flórida, Amazonas, São Mateus. Estamos agora executando no Ciprestes e Jardim Paraíso, Jardins Marechal e São Francisco, que são bairros grandes e antigos, e já fizemos asfalto no Augusto I e II. Fizemos 80% do que tinha e hoje projetamos Elizabeth e Leste, que são pequenos. O Leste tem um quarteirão, enquanto o Elisabeth soma 300 metros pouco acima do Lago Municipal. E aí o lado Leste fica todo pavimentado. Hoje falta o Recanto dos Pássaros, que trabalhamos no projeto, e o grande Boa Vista para a cidade estar 100% asfaltada. Temos liberado pequeno recurso para fazer parte do Guarani, mas falta licitar. Vejo ser muito possível conseguirmos chegar aos 100% de asfalto na sede municipal.

 

OP: Há quantas obras em execução atualmente e em quais localidades?

MR: No início do governo aumentamos a quantidade e fizemos aditivos. Executamos nas linhas Ajuricaba, Heidrich, Campos Sales, Palmital, Cinco Cantos e agora estamos na segunda etapa em Cinco Cantos, bem como na Linha Flor do Oeste, executamos dois quilômetros, e daí segue a Porto Mendes. Está praticamente pronta a etapa de quatro quilômetros de Novo Horizonte a Curvado, estamos executando dois quilômetros em Flor do Oeste e autorizamos o início na Linha Ouro Verde. Também está prestes a iniciar no morro da Linha Heidrich, estamos executando Linha Guará, executamos um quilômetro na Linha Boa Vista e estamos fazendo 2,5 quilômetros na Linha Mato Grosso. É uma quantidade muito grande de obras de pavimentação poliédrica que nós já fizemos e que nós estamos fazendo no exato momento.

 

OP: As melhorias em infraestruturas asfálticas serão a marca do seu governo?

MR: Esta é uma necessidade e eu simplesmente estou fazendo aquilo que se espera do gestor. Se for a marca eu fico feliz porque é infraestrutura e o município estava abandonado; muito pouco se fez antes. Em dois anos e dez meses executei o dobro em volume de recursos do que o governo anterior em oito anos. Em dois anos e dez meses investi R$ 31 milhões, quando o governo que me antecedeu aplicou R$ 16 milhões em pavimento asfáltico e poliédrico. Se isto se tornar uma marca importante, me deixa feliz, todavia minha obrigação é garantir infraestrutura para o município, olhar para a sede e o interior, que é o carro-chefe. Essa foi a nossa proposta e é isso o que nós procuramos fazer.

 

OP: Como foi potencializar as finanças do município para viabilizar tantas obras em dois anos e dez meses? E pelo que se sabe existe dinheiro em caixa…

MR: Precisamos cuidar bem do nosso dinheiro. Vale destacar que boa parte dos recursos vêm dos governos estadual e federal, mas grande parte é do município. Quando se fala em município e gestão é preciso cuidar e olhar os detalhes dos processos licitatórios para que se pague o mínimo. Hora-máquina pesada antes o município pagava R$ 160, quando na nossa gestão contratamos por R$ 75. E assim é em todos os contratos. Buscamos informações de municípios vizinhos. Nossa equipe trabalha para que detalhes façam economia e tornem possíveis obras em todos os setores, inclusive na malha viária.

 

OP: O senhor tem projetos em execução, projetos ainda no papel e ideias que gostaria de concretizar, mas talvez não tenha tempo até o fim do seu mandato. Quais são as principais ideias que gostaria de tornar realidade e que ainda não foram divulgadas?

MR: Ainda na infraestrutura quero fazer o asfalto que liga os distritos de Novo Horizonte e Bela Vista. Assumi o compromisso e será feito. Também quero asfaltar de Novo Três Passos à Linha Bandeirantes. Da sede de Novo Horizonte ao Clube Lira, são asfaltos rurais, assim como de Curvado, principais locais no interior. O Bairro Boa Vista, uma região muito grande que nós precisamos desenvolver por ser onde a cidade mais cresceu. Para lá existe projeto de Unidade de Saúde e pretendemos criar novas vagas de escolas, o que tramita nos âmbitos estadual e federal. E um grande projeto é a energia solar, pois Marechal Rondon precisa fazer este projeto de captar energia solar e transformar em energia elétrica, o que seria um subsídio à iluminação pública. No Jardim Primavera, São Mateus e Paraíso desejamos construir parque ecológico, uma área de lazer para os cidadãos que residem do outro lado da rodovia, pois eles estão isolados. No meu governo queremos criar um parque ecológico ou fazer uma estrutura desejável para estar à disposição da população; na pior das hipóteses deixar para que o próximo prefeito execute. Tramita no Governo do Estado pedido de municipalização do trecho da saída de Marechal Rondon até Curvado, do Supermercado da Copagril até a estrada de acesso ao Clube Lira, pois ao longo da rodovia estadual as empresas instaladas sofrem com problemas de pedra na estrada, água empossada e o município não pode intervir pela área pertencer ao Estado. Queremos resolver este ano e trabalhamos intensamente para isso. Outra ação é a intervenção importante na Avenida Maripá, pois a ciclovia precisa de tratamento e a iluminação pública está deficitária, o estacionamento se encontra deteriorado e as lajotas não têm permeabilidade. Desejamos colocar piso ecologicamente correto, o que deve ser iniciado em fevereiro ou março. O término da iluminação na Avenida Rio Grande do Sul já está contratado, desde a Rotatória da Bandeira até o Portal de Entrada da cidade nos mesmos moldes de onde já está instalado.

 

OP: Apesar das inúmeras obras em andamento, uma ficou para trás: o Teatro Municipal. O que levou o senhor a não priorizar o teatro? Pretende concluí-lo neste mandato?

MR: Esta obra nunca foi deixada de lado. Aos olhos o que chama atenção é quando ergue um prédio, e aquele é um prédio bonito, vultuoso, grande, mas quando trabalha internamente não chama atenção. Estamos investindo recursos consideráveis no teatro e sempre teve alguém trabalhando, como há neste momento. O teatro tem um problema desde o tempo do tornado. Fizemos tudo o que era possível, notificamos a empresa e precisamos resolver o problema. Instalamos poltronas, está sendo instalado palco e a fase mais difícil do teatro é a cenotécnica, de acabamento, que é algo lento, difícil e bastante oneroso. Muito embora já tenha sido inaugurado, nós queremos entregar o teatro à população.

 

Prefeito Marcio Rauber: “Na Avenida Maripá a ciclovia precisa de tratamento e a iluminação pública está deficitária, o estacionamento se encontra deteriorado e as lajotas não têm permeabilidade. Desejamos colocar piso ecologicamente correto, o que deve ser iniciado em fevereiro ou março” (Foto: Joni Lang/OP)

 

OP: O número de cargos em comissão que as prefeituras possuem é um assunto sempre questionado. Aos olhos da população, estes cargos são desperdício de dinheiro público. O senhor até manifestou intenção de reduzi-los. Isso aconteceu de fato?

MR: Em determinado momento tivemos menos cargos do que o governo anterior. A ideia natural de qualquer cidade é que a cada ano a cidade cresça, então o número de servidores concursados aumenta e de comissionados teoricamente também. Criamos um ou outro cargo por consequência da extinção de outros, então de maneira geral os cargos comissionados são os mesmos do governo passado, mas nem todos estão ocupados, ou seja, há cargos vagos. Mas vale dizer que ampliamos a entrega de serviços à população. Hoje o Hospital Municipal faz partos e cirurgias e temos servidores que trabalham lá dentro, no administrativo, organização, o que não existia. Abrimos a UPA, cujo equipamento não existia, criamos o Procon com três cargos comissionados, em contrapartida existiam 15 conselheiros no Saae e nós reduzimos para 11, gerando uma economia de 20% na redução de cargos. Portanto, ajustamos. Sei que a população cobra, mantivemos número existente no passado por lei, não ocupamos todos eles e se houver necessidade precisaremos ocupar porque ampliamos a gama de serviços realizados em Marechal Rondon.

 

OP: O senhor tem duas questões na área de prestação de serviços que foram marcantes. Uma é o Hospital Municipal, que passou a fazer os partos em Marechal Rondon, e a outra no setor de Educação, com o patrocínio dos uniformes aos alunos. O que essas duas realizações representam para o seu governo?

MR: Isso é uma das grandes marcas do nosso governo que vou levar para o resto da minha vida. Dar condição para que uma mãe tenha seu filho em Marechal Rondon não tem preço. Uma conta simples: fizemos 750 partos desde que o serviço voltou ao município. Toda vez que uma mãe precisava fazer parto fora de Rondon, pegando Toledo como referência, eram 200 quilômetros, porque a ambulância levava a mãe para ter o bebê e voltava para Marechal Rondo; depois voltava para lá e trazia a mãe de volta. Com esses 750 partos seriam 140 mil quilômetros economizados com ambulância, motor, óleo, combustível, hora-extra de motorista e pneu. Claro que o lado emocional é muito mais forte do que a economia. O sentimento, a gratidão e o abraço não têm preço. Toda semana encontro pais na Clínica da Mulher, ao lado da prefeitura, onde ocorre a primeira consulta e essas pessoas nos agradecem pela qualidade do serviço. Mas cabe uma ressalva, nós fizemos muito mais do que isso. O nosso Hospital Municipal faz cirurgias eletivas, iniciamos com femininas e agora avançamos para masculinas, inclusive vasectomia. Existe uma gama grande de cirurgias para mulheres e homens, algumas delas gerais. Fizemos pedido e devemos receber no final do mês R$ 300 mil para aquisição de um arco cirúrgico por meio do empenho do então deputado Elio Rusch, porque queremos dentro da possibilidade iniciar cirurgias ortopédicas. Em contrapartida devemos aumentar o hospital e construir mais leitos. Assumimos com uma quantidade e ampliamos a nove, mas precisamos mais. A preocupação é que os serviços custam caro e isso envolve o limite de despesas com pessoal, mesmo os terceirizados que prestam serviços, e aqui eu cito anestesista, ginecologista e pediatra, aquilo que faz parte do pessoal incide nos limites de despesa. Não é simplesmente fazer o serviço, o limite prudencial é 51,3% da receita, a gente aperta aqui para sobrar lá. Fizemos muito pela educação e quem fala são diretores, coordenadores, professores, servidores e alunos. Contemplaremos todas as escolas com benfeitorias, reformas, salas, ginásio, pintura, despensa, cozinha, reformas nos banheiros, uniformes e agasalhos, que são um marco porque isso não existia. Seja pai com maior ou menor condição financeira os seus filhos vão se apresentar da mesma forma e isso é muito importante.

 

OP: O senhor fez um grande esforço para viabilizar recursos à reconstrução do Anel Viário e conclusão da Avenida Írio Welp para permitir o desvio do tráfego pesado do centro, situação que gera muitos problemas e reclamações. Depois de pronto, o Anel Viário vai de fato permitir que seja feito o desvio do tráfego pesado da cidade?

MR: É uma estrada que estava abandonada e hoje está muito próxima de ser concluída. Não vai resolver 100% do nosso problema, mas a grande maioria dos caminhões, especialmente os que passam na Rua Minas Gerais, serão deslocados ao Anel Viário. Quero agradecer o apoio que tive da Escola Municipal Jean Piaget, direção, professores, alunos, da APM, dos comerciantes do ramo de alimentação que sofrem muito. A gente faz cara feia quando almoça e passa um caminhão com carga de suíno, pois é desagradável. Enviamos vídeo ao governo estadual para receber a liberação e verba para executar a obra, com valores que ultrapassam R$ 3,5 milhões. Vamos determinar que os caminhões pesados saiam da cidade. Haverá cargas rápidas, o que é necessário. É nossa obrigação agradecer ao então deputado Elio Rusch, que já não era mais deputado e conseguiu autorização do Estado para liberar recursos e executar esta obra.

 

OP: O Contorno Oeste está momentaneamente paralisado. O que falta para ser concluído?

MR: Nós recebemos do secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, João Carlos Ortega, a informação de que parte do projeto terá de ser refeito, mas não sei se o Estado vai solucionar. Cobrei da Secretaria de Infraestrutura e Logística e estarei novamente em Curitiba para resolver a questão visando retomar o projeto. Existe uma questão de desapropriação de áreas e o principal problema é o questionamento sobre quanto vale a área. As pessoas serão indenizadas em um acordo na Justiça. Mas a empresa que executa o projeto entre a trincheira da rodovia estadual e da BR precisa de uma profundidade de sete metros para escavação, todavia em três metros de profundidade a empresa localizou laje e precisa refazer. Vamos buscar retomar o projeto para resolver isso.

 

O Presente

 

(Foto: Arte/O Presente)

 

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