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Política Eleições 2022

Jovem de Cascavel, com laços em Marechal Rondon, defende a renovação política e se diz qualificado para ocupar uma cadeira na Câmara

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Pré-candidato a deputado federal pelo Novo, Henrique Mecabô, em visita ao Jornal O Presente: “Faltam representantes mais novos para dar uma oxigenada na política, assim como sinto que o vereador Juca fez em Marechal Rondon” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

Ele tem apenas 25 anos e um currículo de dar inveja em muita gente. Henrique Mecabô é de Cascavel, mas mantém laços com Marechal Cândido Rondon, onde possui amigos e sua irmã cursa faculdade. Apesar da pouca idade, ele decidiu abraçar um novo projeto: o de político.

O jovem é pré-candidato a deputado federal pelo partido Novo. Nesta semana, ele cumpriu agenda pela região e passou no Jornal O Presente, ocasião em que explicou como começou seu envolvimento com a política, por que optou em escolher uma agremiação com pouca representatividade ainda para se lançar neste novo desafio, bem como falou de que forma pretende quebrar uma barreira em que, muitas vezes, os eleitos são nomes tradicionais e já bem conhecidos.

 

Quem é ele

Natural de Cascavel, Henrique Mecabô teve o seu primeiro contato com a política na infância, quando fazia coleção de santinhos. O que lhe chamou atenção é que sempre eram os mesmos rostos estampados.

O gosto pelos números fez o jovem de 25 anos ingressar no curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), mas percebeu que não desejava construir prédios, mas, sim, resolver problemas na esfera social. Desta forma, ele conseguiu uma bolsa de estudos para graduação em Economia e Ciência Política no Canadá, onde também fez seu mestrado.

“No Canadá intensifiquei o contato com o Brasil. Fui para a ONU representando a juventude brasileira, falei com o Banco Central do Canadá para saber o que poderia ser aplicado aqui e trabalhei em Brasília por um tempo, onde vi que o nível de debate era muito baixo. Quem faz as leis que regem nossas vidas não está tão preparado quanto deveria. Com isso, me senti provocado a voltar para Cascavel para pautar a renovação política no Paraná”, explica.

Mecabô retornou quando “explodiu” a pandemia do coronavírus. Neste tempo, ainda passou a atuar junto com várias prefeituras do Estado, inclusive de sua cidade natal e de Marechal Rondon, por meio da startup Prova Digital, na qual foi diretor – ele pediu licença não remunerada, como faz questão de frisar, para ser pré-candidato. “Considero que não seria adequado continuar no cargo, sendo que a empresa faz vendas para o setor público”, observa.

 

Escolha do Novo

Primeira vez filiado a um partido, o cascavelense optou pelo Novo. O motivo foi o fato de considerar que possui um alinhamento grande com a agremiação, como no combate a privilégios na própria classe política e no alto escalão do Poder Judiciário.

“Sempre vi que o Brasil precisava de uma educação muito melhor e de um ambiente de negócios melhor. O Novo fala muito disso: de gastar dinheiro público onde realmente importa, bate na tecla da educação básica e na melhoria do ambiente de negócios ao reduzir a carga tributária, simplificando as normas tributárias e facilitando a dispensa de licenças e alvarás. A minha crença tem muito alinhamento com o que o Novo prega e foi onde consegui mais acesso”, detalha.

Conforme o jovem pré-candidato, no partido encontrou mentores, desde deputados federais e estaduais de outros Estados, passando pela vereadora de Curitiba, Indiara Barbosa, que ainda antes de eleitos já lhe guiavam sobre como acessar o ambiente político. “Então foi um alinhamento de ideias e uma janela fácil de um pré-candidato de renovação. Como o Novo preza muito por qualificação dos candidatos e faz um processo seletivo para selecioná-los, se torna um mecanismo de certa maneira menos político, menos tradicional, ao não precisar um padrinho e que valoriza muito perfis ‘bem formados’ para a política”, argumenta.

 

Câmara Federal

Questionado por que decidiu logo se lançar pré-candidato a deputado federal, em vez de optar por algo mais “fácil” em termos eleitorais, Mecabô conta que o Brasil precisa de políticos melhores, e o quanto antes.

“O meu pai tem 60 anos e sempre fala que cresceu ouvindo que o Brasil era o país do futuro, mas isso nunca virou realidade. Fica nítido que perdemos, ao longo do tempo, várias oportunidades por meio de política pública para facilitar o desenvolvimento nacional no longo prazo. Vi em Brasília quantos políticos são mal preparados em geral. Apesar de muito jovem, estou qualificado para ocupar um cargo na Câmara”, garante.

De acordo com o cascavelense, especificamente pela idade, ele entende que pode dialogar de maneira mais fácil com o público jovem, que hoje não tem representatividade. “A média de idade dos deputados federais é de 49 anos. Aqui no Paraná, da bancada de 30 deputados federais, contamos com apenas uma representante que tem menos de 30 anos. É difícil acreditar que os deputados que estão em Brasília estão pensando em como o jovem vai ter seu primeiro emprego, como vai conseguir financiamento estudantil, como vai conseguir pagar os boletos e sair da casa dos pais, pois eles estão sempre pensando no curto prazo de quatro anos visando à reeleição. E o jovem, por definição e por ter tantos anos de vida pela frente, vive a longo prazo. As leis que estão sendo aprovadas hoje, por pessoas que em geral não são jovens, vão impactar muito mais o público jovem do que os próprios deputados que estão lá votando”, declara.

Ele menciona ainda que o Novo está montando uma chapa considerada bem competitiva de pré-candidatos a deputado federal. “Acredito que posso ser a primeira cadeira do partido no Paraná à Câmara e vejo, especificamente, que faltam representantes mais novos para dar uma oxigenada na política, assim como sinto que o vereador Juca (João Eduardo dos Santos, MDB) fez em Marechal Cândido Rondon”, aponta.

 

Barreira política

Já quando perguntado como quebrar a barreira de nomes considerados tradicionais na política brasileira, a exemplo de Cascavel, cidade que conta com deputados já bem conhecidos no cenário eleitoral, Mecabô admite que eles largam na frente por serem mais conhecidos. Contudo, faz uma ponderação: carregam também maior rejeição.

“Eles se promovem em cima de emendas que mandam de volta, mas que na verdade são obrigados a destinar. É o mínimo de um trabalho de deputado. Não estão muito ativos nas discussões de comissões e pautando novos projetos. A maior barreira para enfrentar esses nomes, lógico, é se tornar conhecido. Para isso estamos fazendo visitas às cidades da região para mostrar que há uma opção e as pessoas não precisam mais votar nos mesmos nomes. Em 2018 vimos um pouco disso, quando muitos votos em Marechal Rondon e Cascavel, por exemplo, foram para candidatos de fora da região, mas que às vezes eram jovens, e a população daqui se viu mais bem representada por pessoas de fora. Está na hora da renovação surgir aqui na região”, conclui.

Pré-candidato a deputado federal pelo Novo, Henrique Mecabô, em visita ao Jornal O Presente: “Faltam representantes mais novos para dar uma oxigenada na política, assim como sinto que o vereador Juca fez em Marechal Rondon” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

 

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