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Política Polarização

Líder do governo, Barros diz que protestos contra Bolsonaro antecipam 2022

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Barros (PP): "tendência é Lula e Bolsonaro no segundo turno" (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Líder do governo na Câmara, o deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP) afirmou hoje (30) que as manifestações de ontem (29) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) antecipam a corrida eleitoral ao Palácio do Planalto. Segundo Barros, os protestos abrem a disputa de 2022 entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista não participou dos atos, mas líderes da legenda foram às ruas.

“A polarização está consolidada. A terceira via vai se dividir em muitas candidaturas. Como se diluem as candidaturas, a tendência é Lula e Bolsonaro no segundo turno”, disse Barros ao jornal Folha de São Paulo. Houve protestos contra Bolsonaro com milhares de manifestantes em várias cidades do país. Os atos foram realizados em todas as capitais brasileiras, com grandes concentrações em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Barros disse que os protestos foram “dentro da normalidade” e não geraram preocupação no governo. “Não conversei com o presidente [sobre os atos]. Eu mesmo não achei que foi grande coisa”, afirmou. O deputado afirmou que, após os protestos deste sábado, grupos de esquerda perderam os argumentos para criticar aglomerações promovidas por Bolsonaro durante a pandemia. O presidente costuma ir a atos de apoiadores. “Foi muito útil que tenham feito isso. Criticam de forma tão convicta as mobilizações do presidente e de repente fazem a mesma coisa. Pelo menos este assunto fica superado”, disse o deputado.

Para o líder do governo, os protestos ainda esvaziam críticas da CPI da Covid no Senado Federal sobre aglomerações promovidas por Bolsonaro.

Pelo menos nove Capitais, além do Distrito Federal, têm ocupação acima de 90% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Barros minimizou aglomerações em atos políticos durante a pandemia. “As pessoas têm usado máscaras. Aliás, não existe nenhum estudo científico que prove que máscara diminui a contaminação”, disse Barros. Autoridades sanitárias, contudo, recomendam o uso de máscaras. Segundo o líder do governo, os protestos da esquerda, neste sábado, foram uma reação a manifestações pró-Bolsonaro. Ele citou como exemplo o ato no Rio de Janeiro, no dia 23, que reuniu o presidente e motociclistas. “Eles estão tentando usar a mesma linguagem”, afirmou Barros à Folha.

Segundo o deputado, Bolsonaro demonstrou mais força política do que a esquerda nestes atos. “O apoio é ao Bolsonaro (nos atos pró-governo) e a sua reeleição. A mobilização das esquerdas é contra o presidente, mas os grupos de oposição não estarão no mesmo palanque em 2022”, disse o deputado.

 

Com Blog Política em Debate/Bem Paraná/UOL

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