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Mourão diz que concorrerá ao Senado no Rio Grande do Sul

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(Foto: Reprodução/Catve)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (11) que decidiu disputar uma vaga ao Senado pelo estado do Rio Grande do Sul nas eleições deste ano.

Com a decisão, o general da reserva do Exército não estará na chapa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Mourão foi eleito como vice de Bolsonaro na eleição de 2018.

Ao longo de três anos de governo, a relação entre os dois foi marcada por críticas de Bolsonaro, que, entre outras discordâncias, considera que o vice fala demais nas entrevistas. O presidente chegou a dizer que Mourão “por vezes atrapalha”, mas “tem que aturar”. Por outro lado, Bolsonaro confiou a Mourão o comando do Conselho Nacional da Amazônia.

Bolsonaro ainda não definiu quem será o seu vice na campanha de reeleição. Um dos nomes cotados é o do atual ministro da Defesa, o também general Walter Braga Netto. Há uma articulação para que o presidente opte por um nome político, como a atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que está licenciada do mandato de deputada federal.

Mourão anunciou a decisão durante entrevista na chegada ao seu gabinete, em um dos anexos do Palácio do Planalto. O vice disse que comunicaria “brevemente” a posição.

Como ele estava com uma máscara, que ajuda a prevenir a contaminação por Covid-19, com a bandeira do Rio Grande do Sul, foi indagado se isso era um indicativo de que concorreria ao Senado no estado.

“Lógico né”, respondeu.

Mourão, que se elegeu filiado ao PRTB, informou que avalia por qual partido vai disputar a eleição. O vice pretende apoiar um dos dois pré-candidatos ao governo gaúcho que atualmente estão na base de Bolsonaro – o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni (União Brasil), e o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).

‘PL do Veneno’

Mourão também afirmou aos jornalistas que considera “ok” e que não vê “grandes problemas” no projeto de lei que flexibiliza o controle e a aprovação de agrotóxicos no país.

A Câmara aprovou o projeto nesta semana com 301 votos a favor e 150 contrários. O texto já tinha sido aprovado pelo Senado, mas voltará à análise dos senadores porque foi alterado pela Câmara.

Apresentado em 2002, o projeto é alvo de críticas de ambientalistas, que apelidam o texto de “PL do Veneno” – a discussão se arrasta há quase 20 anos no Congresso. Já a bancada ruralista defende que as mudanças irão “modernizar” e dar “mais transparência” na aprovação das substâncias.

Questionado se a proposta poderá gerar novas críticas ao Brasil na questão ambiental, Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, disse que concorda com o texto.

“Críticas sempre vão ocorrer, mas é uma legislação, está sendo discutida dentro do Congresso, passou na Câmara, vai para o Senado, ainda tem alguma coisa para ser debatida. Não vejo grandes problemas […] Está ok (o texto), para mim não é problema”, declarou o vice-presidente.

 

Com G1

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