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Política

“Na crise é o momento de se colocar à prova”, avalia Schiavinato

Deputado estadual e pré-candidato a deputado federal enaltece que eleitor precisa ser inteligente e exercer o direito ao voto, pois o futuro do Brasil está na mão dele

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Uma das principais lideranças do PP no Oeste do Paraná, o deputado estadual José Carlos Schiavinato está engajado na sua pré-candidatura a deputado federal. Em visita a Marechal Cândido Rondon na sexta-feira (25), ele participou de um encontro com a diretoria da Associação Comercial e Empresarial (Acimacar) como forma de expor as suas ações na Assembleia Legislativa e falar sobre diversos assuntos de interesse da classe empresarial.
Na oportunidade, Schiavinato concedeu entrevista ao Jornal O Presente, ocasião em que analisou a situação do político brasileiro no momento, enalteceu o nome da governadora Cida Borghetti (PP) como pré-candidata à reeleição e disse que atualmente é uma incógnita em todas as pré-candidaturas ao Governo do Estado quem serão os candidatos a vice. O parlamentar também frisou que após 20 anos de atraso agora o projeto de construção do Aeroporto Regional sai do papel. Confira.
 
O Presente (OP): Como vai seu projeto político de pré-candidato a deputado federal?
José Carlos Schiavinato (JCS): Estamos neste momento em uma pré-candidatura de deputado federal visando ocupar o espaço que durante tantos anos foi utilizado pelo nosso deputado federal Dilceu Sperafico (PP). Estamos na andança pelos municípios, principalmente os daqui da região Oeste. Não queremos expandir muito este avanço para outras cidades, porque vemos uma necessidade da presença forte aqui na região. Estamos nesta caminhada confiantes de que nós possamos no governo federal, com conhecimento adquirido ao longo do tempo, ajudar em várias ações que dizem respeito principalmente ao Oeste do Paraná.

OP: Como o senhor vê o político brasileiro neste momento de crise?
JCS: Na crise é o momento de se colocar à prova. Existem aqueles que realmente vêm para poder contribuir com o sistema e levar o bem comum para toda a sociedade, e aqueles que vêm para tirar proveito próprio, de momentos e de situações. Mesmo com tanta dificuldade que vive nosso país este momento é importante. Sempre disse que o eleitor precisa ser inteligente. Está na mão dele o futuro da nossa nação e tem que ser exercitado. Todos têm que procurar exercer a condição do voto para poder ajudar a mudar essa condição que temos hoje de tanta insegurança jurídica que vivemos por questão de governo, por investimentos que começam e não terminam. Precisamos organizar tudo isso novamente e aproveitar as boas iniciativas, logicamente projetando a análise sempre com a discussão do custo-benefício de cada investimento para melhorar a vida do cidadão que paga a conta.

OP: Aqui em Marechal Cândido Rondon, quem serão seus apoiadores?
JCS: Temos em Marechal Cândido Rondon os apoiadores dentro do Partido Progressista e da coligação feita com outros partidos. Isso tudo é importante, pois é a união de esforços observando a competência e qualidade de políticos que estão hoje trabalhando pelo município. Juntar as forças para poder evoluir e, logicamente, deste conceito aliando várias ideias, vários partidos para fazer o melhor na trajetória futura.

OP: No Governo do Estado o senhor defende o nome da governadora Cida Borghetti (PP) à reeleição?
JCS: O Partido Progressista tem pré-candidata à reeleição, que é a nossa companheira, a governadora Cida Borghetti. Ela tem tido a oportunidade de administrar o governo neste momento e as pessoas podem analisar a sua condição de gestão. Trata-se de uma mulher preocupada com a família, com a criança, com a mulher. Para que possamos ter condição do nome dela consolidado poder buscar novas iniciativas e uma nova metodologia de
administração pública no Paraná.

OP: O senhor acha que as denúncias que surgiram nos últimos dias contra o ex-governador Beto Richa (PSDB) podem respingar na campanha dela?
JCS: As denúncias que acontecem ao longo do tempo já foram discutidas na Assembleia Legislativa e cabe à Justiça avaliar a veracidade ou não e apurar todas essas questões. Eu não vejo interligação, mesmo atingindo o próprio governador, porque muitas ações são faladas e não se consegue provas consistentes sobre essa participação. Acreditamos muito no sistema implantado no Paraná em tudo o que foi feito e logicamente a governadora Cida Borghetti tem independência, tem seus próprios atos e ações e não tem interferência alguma com questões negativas que foram levantadas com referência a governantes do Paraná.
 
OP: Como uma liderança forte dentro do PP, qual nome o senhor vê hoje com maiores chances de ser o pré-candidato a vice-governador ao lado da Cida? Ou qual partido com maior chance de indicar o futuro candidato a vice?
JCS: Essa pergunta hoje é difícil, tanto com a Cida Borghetti, com o Ratinho (pré-candidato do PSD) ou Osmar Dias (pré-candidato do PDT). É uma indefinição generalizada. Não sabemos o que vem pela frente, quais os vices das candidaturas. Por isso que o destino de tudo isso só será resolvido no dia da convenção.

OP: Na sua opinião, os candidatos aliados do governo estadual e federal perdem votos diante da baixa popularidade de governantes?
JCS: O Estado do Paraná tem tido a grata satisfação de ter bons deputados federais. Analisando no contexto global, não vejo muita dificuldade em reeleição de deputados federais paranaenses. É um conceito que fazemos, pois participamos no Estado e observamos a competência dos deputados, inclusive aqui da região, ao acompanhar o trabalho que fazem. Eu não vejo correlação alguma das distorções de governo com a participação destes deputados paranaenses. Então deixamos na mão do eleitorado as decisões futuras, mas no Paraná tanto os deputados estaduais como os federais vejo com bons olhos.
 
OP: O senhor está assustado com esse movimento dos caminhoneiros?
JCS: A nação precisa ficar apreensiva. Tínhamos um orgulho danado da nossa Petrobras e isso tudo foi deixado em segundo plano pela corrupção. O cidadão não pode de novo pagar essa conta. É um momento de conscientização do governo federal, de ouvir as ruas e de poder tomar decisão. Não cabe mais no bolso de ninguém tanto tributo.

OP: O que um engenheiro civil de carreira consegue fazer para melhorar a imagem da política?
JCS: Fazendo um trabalho técnico. Aliar a parte técnica, o conhecimento técnico ao longo do tempo com o lado político. Saber conciliar a política da técnica e procurar, logicamente, fazer investimentos. Sempre tenho dito que tudo aquilo que se faz tendo uma noção clara de um planejamento e de uma análise do custo-benefício, levado ao cidadão, tem dado resultado. E é isso que nos propomos a fazer.

OP: Recentemente voltou a se falar muito a respeito do Aeroporto Regional. O senhor crê que desta vez o projeto caminhará para sair do papel?
JCS: Já são 20 anos de atraso e desta vez o nosso Aeroporto Regional vai conseguir levantar voo. A nossa governadora está aguardando as decisões técnicas, os memoriais descritivos das áreas, para poder fazer o anúncio que é tão esperado por todos. Fica a cargo da governadora e neste momento o Estado está fazendo este trabalho técnico para podermos dar início a uma atividade importante, que tem que ter o pontapé inicial do Estado para a partir daí ser responsabilidade do governo federal.
 
OP: Podemos confiar que não será então apenas uma promessa política?
JCS: Pelo que estou acompanhando, pelo trabalho que foi feito envolvendo associações comerciais, Programa Oeste em Desenvolvimento, envolvendo a capacidade gerencial do Paraná neste momento e a disponibilidade financeira, eu acredito que teremos uma grande conquista.

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