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Política Pré-candidato em Mercedes

“Não existe possibilidade de coligarmos com outro partido”, garante Miliorini

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Pré-candidato a prefeito pelo Cidadania de Mercedes, Maucir Miliorini: “Há pessoas na oposição que gostam de fazer intriga. Se não têm o que falar, que fiquem quietos” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

Considerado um município de pequeno porte, com aproximadamente 5,5 mil habitantes, Mercedes pode viver um momento distinto na eleição de 15 de novembro. Atualmente, três pré-candidatos postulam a prefeitura: Vilson Martins (PSD) é pré-candidato a prefeito representando o grupo de situação, Laerton Weber (DEM) representa o grupo de oposição e Maucir Miliorini (Cidadania) surge como uma terceira via. Há, ainda, quem diga que até mesmo uma quarta pré-candidatura poderia surgir, algo que outros já descartam.

Em visita ao Jornal O Presente, Miliorini explicou por que decidiu colocar seu nome à disposição no pleito deste ano, disse que o seu pré-candidato a vice-prefeito é o servidor Mauro Stern (Mauro da Saúde), reafirmou que não abre mão de disputar a eleição e que não pretende coligar com outro partido. Além disso, ele opinou que uma campanha sem tanto contato com o eleitor pode favorecer os melhores nomes. Confira.

 

O Presente (OP): Para quem ainda não conhece, quem é Maucir Miliorini?

Maucir Miliorini (MM): Eu sou suinocultor, nasci e moro em Mercedes. Sou casado com Rosinei, professora, sou pai da Lavínia e da Sofia. Temos granja de produção de leitão e trabalhamos com reflorestamento.

 

OP: O senhor nunca foi ligado à política?

MM: Não.

 

OP: E o que levou o senhor a colocar o nome à disposição como pré-candidato a prefeito?

MM: Vejo que há condição de governar o município. Estamos maduros e temos tudo para ajudar Mercedes e contribuir com o desenvolvimento. Temos conhecimento.

 

OP: O senhor estava no PL e poucos dias antes do fechamento da janela partidária mudou para o Cidadania. Por que da escolha desta sigla?

MM: Foi um partido que surgiu do nada para nós. Veio através do Marcelo (Seger, assessor do deputado federal Rubens Bueno), de Toledo. Não tivemos escolha, pois perdemos o PL. Não sei muito bem quem nos tomou o partido. Foi tomado por alguém de Mercedes sem a gente saber.

 

OP: O senhor se sente confortável hoje no Cidadania?

MM: De certa forma quero até agradecer quem tomou o PL. Fomos beneficiados no Cidadania. Não tínhamos apoio algum no PL e agora recebemos todo apoio. O Cidadania está nos apoiando desde com o deputado até com a ajuda do assessor.

 

OP: Existe alguma possibilidade do Cidadania se coligar com outro partido ou a tendência é ter candidatura própria?

MM: Não existe possibilidade de coligarmos com outro partido. Desde o início falamos que é candidatura própria e será assim.

 

OP: O senhor não abre mão da sua pré-candidatura a prefeito?

MM: Não. Não abro mão. Não serei candidato apenas se houver algum problema ou tiver algum problema de saúde, algo assim.

 

OP: Existe conversa com outros partidos ou o Cidadania está com as portas fechadas?

MM: Não existe conversa. Dentro de Mercedes existe situação e oposição. A oposição veio para conversar, mas não existe possibilidade alguma (de diálogo).

 

OP: Por quê?

MM: Tem aquele ditado: cachorro que tem dois donos morre de fome. Se for para administrar uma prefeitura quero fazer isso sem dever cadeira para ninguém. Aonde vários mandam, poucos fazem. Tem que entrar para fazer as coisas, e não haver várias promessas e poucas coisas feitas. A oposição anda falando muita coisa, como de que vamos nos coligar com a situação. Isso não procede. Não temos adversário algum dentro de Mercedes. Tanto que conversamos com o Laerton (Weber), com a prefeita (Cleci Loffi), com o Altair (Loffi). Todos. Há pessoas na oposição que gostam de fazer intriga. Se não têm o que falar, que fiquem quietos.

 

OP: Há pessoas da oposição falando que o senhor pode apoiar ou se coligar em favor da pré-candidatura do Vilson Martins (PSD)?

MM: Isso. Eu converso com o Altair. Ele é como um irmão, mas politicamente ele tem o lado dele e eu tenho o meu. Assim como eu converso com o Laerton. Por isso estarei do lado dele? Não. Ele tem o lado dele e eu tenho o meu politicamente. Amizade cada um tem a sua.

 

OP: Em um cenário atípico para um município pequeno, existe a possibilidade de Mercedes ter três candidatos a prefeito. Como o senhor avalia isso?

MM: É algo bom, pois é uma opção a mais para os eleitores.

 

OP: Este cenário pode causar uma divisão de votos. O senhor acha que lhe beneficia?

MM: Vejo que sim. Se o povo fala em mudança, a única mudança que existe no município é com a nossa pré-candidatura. Há pessoas que vêm dos 12 anos passados (grupo de oposição), outros dos 16 anos do grupo atual (situação). Quem está lá dentro simplesmente muda de lado, então como falar em mudança?

 

OP: Como convencer o eleitor a votar em um nome que não tem experiência política?

MM: O eleitor vê o que a gente faz no dia a dia. Vê o que fizemos para as comunidades. É ver o que fizemos, não agora, mas a vida toda.

 

OP: Caso o senhor seja candidato a prefeito, o que propõe de diferente no plano de governo?

MM: Estamos com o nosso plano de governo quase pronto. O que está bom vamos continuar. Tem muita coisa boa e não queremos criticar, mas o que vai nos beneficiar é o cansaço político. Não estamos aqui para criticar o que tem. A situação governou 16 anos e a atual oposição 12 anos. Deixa a gente governar um pouco também. Queremos fazer algo novo. Novas pessoas fazem coisas diferentes. Defendemos a valorização dos profissionais da educação; na área rural, asfalto nas estradas principais e buscar convênio com empresas para construir mais aviários e chiqueirões; levar a garagem municipal para o parque industrial e fazer um posto de combustível lá; e fazer convênio para construção de casas populares para as famílias menos favorecidas.

 

OP: O senhor perdeu o PL poucos dias antes de fechar a janela partidária e isso impossibilitou filiações no Cidadania por falta de tempo hábil. O partido terá condições de lançar chapa de vereadores?

MM: Estamos com oito pré-candidatos a vereadores. Espero que seja possível eleger dois a três candidatos.

 

OP: O senhor acha que é possível eleger três?

MM: Espero que sim.

 

OP: Houve a promulgação da Emenda Constitucional que adia a eleição de outubro para novembro. Isso é bom para um nome que pretende estrear na política?

MM: Para nós é muito bom. Não somos conhecidos politicamente no município. Agora beneficia porque teremos mais tempo para expor nossas propostas de governo e para o povo nos conhecer.

 

OP: A campanha tende a ser diferente das anteriores, uma vez que possivelmente não haverá o contato mais próximo com o eleitor. Como o senhor acha que será buscar os votos nesta condição?

MM: Acho que desta vez vai vencer o melhor. Não vai predominar o dinheiro. Tem gente vindo forte e acha que o dinheiro é tudo. Não vamos olhar para esse lado. E se perdermos não ficarei chateado, pois vou para casa de cabeça erguida.

 

OP: O senhor descarta totalmente um acerto político para abrir mão da sua pré-candidatura a prefeito?

MM: Isso não existe. Quem diz isso não sabe o que está falando.

 

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