Política Entrevista ao O Presente
“Não vai faltar empenho da futura equipe”, garante prefeito reeleito de Pato Bragado
Leomar Rohden (Mano) (MDB) foi conduzido em 2016 para seu primeiro mandato como prefeito de Pato Bragado ao obter, à época, 56,75% dos votos válidos. Passados quatro anos, o emedebista foi reeleito, mas desta vez com um percentual mais elevado: 61,88% dos votos válidos.
Mano terá desta vez como vice-prefeito o ex-secretário de Saúde, John Nodari (PSD), o qual deve retornar para o comando da pasta.
Em entrevista ao O Presente, o prefeito bragadense falou a respeito dos projetos que o grupo tem para a próxima gestão, adiantou que haverá mudanças na equipe de governo para oxigenar os trabalhos e que tanto ele como o futuro vice-prefeito não vão interferir na eleição da mesa diretiva da Câmara de Vereadores. Confira.
OP: O senhor fez um percentual maior de votos válidos nesta eleição do que em 2016. Fazendo uma análise desse número expressivo de votos, a que se deve isso?
Leomar Rohden (LR): Acho que o trabalho que nós conseguimos fazer na gestão pública nestes quatro anos nos credenciou para que pudéssemos colocar o nome à disposição. A equipe que tínhamos, 26 candidatos a vereadores, um grupo forte de partidos, tanto o MDB, PP, Cidadania e o PSD, somando tudo isso fez com que pudéssemos ter uma vitória expressiva no nosso município. Acima disso tudo, acho que é o trabalho que a gente vem realizando.
OP: O que a comunidade de Pato Bragado pode esperar do novo mandato?
LR: Eu sempre disse e continuo afirmando que nós queremos e nosso propósito é realizar um trabalho melhor do que fizemos no primeiro mandato, até porque a experiência que adquirimos durante esses quatro anos foi importante. Muitas portas se abriram durante esse período e alcançamos alguns objetivos. Com certeza agora, com essa experiência adquirida e com a vontade minha e do John, somada a nossa equipe, com a população do município entendendo nossas propostas e compartilhando conosco esses quatro anos, vamos conseguir fazer um bom trabalho e a comunidade pode ficar tranquila, pois buscaremos fazer o melhor para a nossa gente.
OP: Já tem alguma ação, projeto ou investimento previsto para o próximo ano?
LR: As ações não param. Tivemos muitas nestes quatro anos e agora ainda estamos fazendo obras, recape asfáltico na cidade e no interior, pedra irregular no interior, piscina fechada e aquecida. Estamos construindo casas também. São 40 unidades em convênio com a Caixa Econômica Federal, 20 casas em convênio com a Itaipu e outras ações que vamos continuar fazendo. Não vai faltar empenho ou vontade da nossa parte e da futura equipe para que possamos fazer um bom trabalho e desenvolver cada vez mais o nosso município.
OP: Qual vai ser o norte nos próximos quatro anos?
LR: Vamos continuar investindo tanto na sede quanto no interior e em todas as áreas. No interior do município nós conseguimos avançar muito na questão do asfalto e no recape de pedra irregular. Estamos fazendo pedra irregular e vamos continuar com o convênio com a Itaipu. Acho que é importante essa parceria, pois permite ações que os municípios lindeiros estão fazendo como com asfalto por meio das usinas que foram repassadas pela Itaipu. Temos também ações na área urbana, como a remodelação das duas avenidas e a conclusão da praça. Vamos investir na educação propriamente e na saúde, na cultura, que é muito forte em nosso município e não podemos esquecer destes setores. Temos obras importantes como a ampliação da rodoviária e vamos licitar uma caixa de água, um reservatório de mais de um milhão de litros, para a área urbana do município. Além disso, estamos reativando um poço artesiano. Vamos fazer com que a gente esteja estruturado para os próximos anos, com investimento também no setor da água, da educação, da saúde, da cultura, do esporte, na agricultura, na indústria, no comércio e prestação de serviços. Temos propostas de empresas que desejam se instalar em Pato Bragado e há tudo para fazer um grande trabalho. Como já disse em outras oportunidades, não queremos contar só com as pessoas que votaram no Mano e no John, nem só com as pessoas que votaram nos nossos candidatos a vereador. Temos que contar com 100% da nossa população, porque ela é quem faz a diferença. É ela quem investe na indústria, no comércio, prestação de serviço e no agronegócio. É ela quem faz com que as coisas aconteçam, que gera oportunidade, riqueza e cargos de trabalho. Então, temos que fazer com que todos pensem em um único objetivo, que é o bem-estar do nosso município.
Prefeito reeleito Leomar Rohden (Mano) (MDB): “Com a experiência adquirida e com a vontade minha e do John, somada a nossa equipe e com a população, vamos conseguir fazer um bom trabalho e a comunidade pode ficar tranquila, pois buscaremos fazer o melhor para nossa gente” (Foto: Ana Paula Wilmsen/OP)
OP: Como será composta a equipe de governo da próxima gestão? Alguma mudança?
LR: Sem dúvida nenhuma, é um compromisso que nós assumimos na nossa campanha, Mano e John, juntamente com os nossos candidatos a vereador. Era um pedido da nossa comunidade e a gente sabe que este grupo está indo para o 5º mandato. É normal e natural que haja um desgaste na equipe, na gestão, assim como na Câmara de Vereadores. É importante que a gente olhe para nossa população para poder entender o desejo e as necessidades que ela tem. Nós temos o compromisso de mexer na nossa equipe e estamos mexendo. Não definimos todos os nomes, mas alguns já estão praticamente definidos e vamos anunciá-los quando tivermos a certeza de que vão assumir. Alguns podem acabar não assumindo, porque têm outros compromissos, trabalham em empresas ou mesmo em órgãos públicos, têm uma atividade e não querem assumir secretaria. Precisamos respeitar a opinião e a decisão das pessoas. Vamos mexer na equipe para fortalecer cada vez mais e dar sangue novo nessa nova gestão.
OP: Há possibilidade de algum vereador integrar a equipe?
LR: No momento, não. Porém, vamos ainda conversar com os sete vereadores eleitos do nosso grupo para afinar algumas questões, também em relação à posse no dia 1º de janeiro. Queremos compartilhar o momento que estamos vivendo para que a Câmara também possa estar bem antenada naquilo que pretendemos fazer, naquilo que são as nossas propostas futuras. Se houver necessidade de buscarmos algum vereador ou vereadora para trazer para o primeiro escalão, claro que estaremos abertos a discutir.
OP: O vice-prefeito John foi secretário de Saúde. Ele volta a assumir esse cargo?
LR: Estamos conversando para que ele volte, porque a pandemia que estamos vivendo vai exigir muito da equipe. Não que não tenhamos bons profissionais na Saúde, mas a experiência do John com a experiência da equipe que está lá vai fazer com que possamos melhorar ainda mais. Esse é o objetivo: responder com bastante agilidade a situação de saúde das pessoas. Acho que o pós-pandemia vai exigir muito. A gente precisa se reinventar. Quando concluirmos esse mandato, certamente em janeiro começa a aplicação das vacinas e precisamos de uma equipe bem preparada tecnicamente e com muita vontade para poder atender as demandas que estão ficando reprimidas em razão de não se ter atendimento 100% nas unidades de saúde, nas clínicas e nos hospitais. Isso retrai as demandas. Há uma demanda muito grande, filas que antes não tínhamos e agora temos. O papel do John vai ser fundamental nesse sentido.
OP: Na próxima legislatura a maioria será do grupo de situação. O senhor imagina que algum vereador da oposição pode migrar de lado no decorrer do período?
LR: Seria prematuro eu dizer, até porque tenho muito respeito pelos vereadores que foram eleitos. Todos serão sempre bem-vindos, independente de convenções partidárias. Somos eleitos por um partido, mas somos eleitos para administrar o município como um todo. Voltando ao que eu disse, precisamos de 100% da população junto da gente para fazer com que as ações possam acontecer. Gostaria de ter 100% da Câmara de Vereadores para aprovar aqueles projetos que são importantes para o município e, ao mesmo tempo, questionar aqueles que não são vistos como tão importantes. Acho que é importante a troca de ideias, a discussão dos projetos. Isso amadurece todo mundo e faz com que a gente assuma mais responsabilidades frente à comunidade.
OP: Em relação à eleição da mesa diretiva da Câmara, o senhor está participando das discussões? Já há nomes pré-definidos?
LR: Eu e o John assumimos o compromisso de nunca interferirmos na decisão da Câmara, até porque é um poder independente. Somos harmônicos entre si, mas é importante que a Câmara tenha essa responsabilidade de fazer a escolha. Hoje só temos dois vereadores reeleitos, mas tenho a convicção de que haverá maturidade suficiente para que eles possam fazer uma boa escolha e um bom trabalho. É importante fazer um trabalho conjunto. Independente de convenções partidárias, o que permanece é o município de Pato Bragado.
OP: Daqui dois anos teremos nova eleição geral. O senhor acha que é um período para conseguir mais verbas para o município? Será mais fácil, digamos assim, conseguir mais recursos?
LR: Teoricamente, deveria ser, porque os deputados precisam do governo e o governo precisa dos deputados. Temos certeza que, tanto em nível estadual quanto federal, muitas coisas boas vão acontecer, não só para Pato Bragado. Os municípios lindeiros hoje, com a parceria da Itaipu, estão com muitas propostas boas, muitos convênios e, ao mesmo tempo, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri (PSD), também tem trazido recursos para a região. Temos hoje a piscina aquecida e fechada com recurso do deputado Hussein e o governo Ratinho Junior. Contamos com mais de R$ 1,7 milhão previstos em projetos no próximo ano. Além disso, já tivemos licitados diversos investimentos por meio de emendas dos deputados Sérgio Souza (MDB), Dilceu Sperafico (PP, ex-deputado), José Carlos Schiavinato (PP), Rubens Bueno (Cidadania), dentre outros. É importante apresentarmos bons projetos para nossa população e, claro, contarmos com os deputados estaduais e federais, secretários de Estado e os próprios ministérios. É importante hoje olharmos para esse conjunto todo. Sabemos que o país não pode suportar toda essa despesa que está tendo, mas, ao mesmo tempo, a população tem essa necessidade de contribuir, pagar seus impostos e fazer com que possamos retornar esses impostos em benefícios para os munícipes.
O Presente
