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Política Entrevista ao O Presente

“Pegamos um período difícil pela pandemia junto ao início de governo”, avalia Laerton Weber

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Prefeito de Mercedes, Laerton Weber (DEM): “Saúde e Viação e Obras são as mais complexas e que exigem maior atenção. Isso não quer dizer que as outras não exigem o mesmo, pelo contrário” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

O início de 2021 tem sido de duplo desafio ao prefeito de Mercedes, Laerton Weber (DEM), e ao vice-prefeito Alexandre Graunke (Patriota), que responde pela Secretaria de Saúde. Ambos assumiram o primeiro mandato tendo que encarar o fato de que, anteriormente, não tinham experiência na vida pública.

Além disso, o começo do ano tem sido marcado pelo colapso no sistema de saúde em razão do aumento no número de casos de Covid-19.

Para o prefeito, este período tem sido de muitos desafios na gestão pública. Em entrevista ao Jornal O Presente, Weber destaca que algumas secretarias são mais complexas e, por isso, exigem uma atenção especial por parte da municipalidade.

O gestor mercedense cita, ainda, algumas prioridades para 2021 e fala sobre os apoios políticos. Confira.

 

O Presente (OP): O senhor está como prefeito há aproximadamente 80 dias. Como avalia este início de gestão, até considerando que anteriormente nunca tinha ocupado um cargo público?

Laerton Weber (LW): Foi algo totalmente novo, porque como nunca estive à frente da gestão pública é totalmente diferente se comparado ao que exercia antes na minha função. O município é amplo e há várias secretarias para administrar e vamos fazer isso da melhor forma possível para agregar a todas. Todas têm os mesmos valores. Queremos fazer um governo justo e transparente, voltado à população, em que todos os mercedenses serão valorizados no nosso mandato.

 

OP: O senhor se sente satisfeito com este início de mandato?

LW: Sim, porque é muito gratificante ser eleito o prefeito mais jovem do município. É muito gratificante estar à frente do Poder Executivo. Todo munícipe será valorizado no decorrer do nosso mandato e pretendemos fazer o máximo possível nestes quatro anos.

 

OP: Como o senhor avalia a equipe de governo neste começo de gestão?

LW: Há algumas secretarias que são mais difíceis de administrar e estamos dando uma atenção maior a elas. A Saúde e Viação e Obras são as mais complexas e que exigem maior atenção. Isso não quer dizer que as outras não exigem o mesmo, pelo contrário. A Educação também é uma Secretaria que exige atenção, e ainda mais agora em razão da pandemia e da questão envolvendo o ano letivo, o dilema da volta às aulas. Pegamos um período difícil pela pandemia junto ao início de governo. Não é fácil administrar. E tem o lado dos comerciantes também. Não queríamos aceitar algumas exigências do decreto estadual, mas como é algo que vem de cima se não aplicamos sobra para o prefeito. Do total do nosso comércio, 34 podem ficar abertos e oito estariam fechados. É complicado. É um ano difícil.

 

OP: O senhor assumiu como prefeito justamente no período mais complicado da pandemia. Quais os principais desafios enfrentados neste começo de mandato?

LW: Nosso desafio é a vacinação. Entramos no consórcio para a compra de 8,5 mil doses para beneficiar a população mercedense. Estamos dando uma importância nisso muito grande, porque a saúde está em primeiro lugar. Não adianta ter bens materiais se não tiver saúde. Tanto que o secretário de Saúde é o vice-prefeito Alex (Alexandre Graunke) e conversamos todos os dias sobre a Covid-19. Já tivemos óbitos no município e essa pandemia é muito complicada. Em relação à verba do governo, não veio muita e temos que ter um cuidado muito grande sobre isso.

 

Prefeito Laerton Weber (DEM): “Existem vários projetos para serem executados. A prioridade são as estradas rurais e realizar asfaltamento” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

 

OP: Quais os projetos e metas que o senhor estabeleceu para colocar em prática em 2021?

LW: Existem vários projetos para serem executados. A prioridade são as estradas rurais e realizar asfaltamento. Contamos com um convênio com a Itaipu para finalizar em junho, que já está 91% executado. Uma das principais demandas é por casa popular e estamos trabalhando nisso para fazer as unidades habitacionais. No parque de máquinas queremos dar uma reestruturada. Na Educação, pretendemos promover investimentos na área de estrutura física dos educandários, assim como no Projeto Piá.

 

OP: Existe algum setor que o governo observa que precisa de uma atenção especial do governo, como a geração de emprego, por exemplo?

LW: Estamos discutindo com nosso secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego (Roberto Carlos Kinast, Beto) sobre a questão do parque industrial, pois havia algumas irregularidades e barracões vazios. Estamos fazendo um levantamento em cima disso para tentar gerar emprego. Hoje vêm vários empresários interessados em se instalar no município, mas não contamos com uma área adequada para o que pretendem implantar em Mercedes. Este é um grande problema. O nosso parque industrial ficou um pouco distanciado, porque o bom seria se estivesse na rodovia (BR-163). Além disso, há empresas do município mesmo que pretendem ampliar seus negócios e estamos dando uma atenção especial. É uma forma de gerar mais empregos.

 

OP: Em se tratando da BR-163, no projeto do governo federal existe a previsão de instalar uma praça de pedágio entre Mercedes e Guaíra. Qual sua opinião a respeito desta proposta?

LW: Pelo que sei e o que sondei essa praça está para ser instalada no município de Guaíra. Sobre os pedágios, eu sou a favor. Quem transita na rodovia vê hoje vários buracos, pois o trânsito é pesado. Eu acho que teria que ter (pedágio), mas com preço justo e obras. O preço estilo Santa Catarina, que é acessível para pagar e para não prejudicar quem transita todo dia. Não sou contra o pedágio, mas tem que ser preço justo. Caso seja feita a duplicação, defendemos um trevo no acesso ao município de Mercedes em vez de trincheira.

 

OP: Por que trevo em vez de trincheira?

LW: O trevo facilita o acesso dos motoristas, até em razão da sinalização. O acesso pela trincheira é mais difícil para as pessoas.

 

OP: Em termos de apoios políticos, o senhor já definiu quem são os representantes do município junto ao governo federal e ao governo estadual?

LW: Estamos definindo ainda, mas o meu deputado estadual é o Hussein Bakri (PSD, líder do governo na Assembleia Legislativa) e o deputado federal é o Sandro Alex (atual secretário de Infraestrutura e Logística). É um compromisso que eu assumi com eles. Ainda temos o apoio do deputado federal Evandro Roman (Patriota) e do deputado estadual Ademar Traiano (PSDB, presidente da Assembleia). Não adianta abraçarmos muitos deputados e depois não conseguir ajudar nem um e nem outro. O meu deputado favorito será o Hussein Bakri, tanto que vou indicar o nome dele para representar Mercedes junto ao Governo do Estado.

 

OP: O seu grupo político fez a maioria na Câmara de Vereadores. Como está a relação com o Poder Legislativo?

LW: Contamos com um acesso muito bom com os vereadores. Todos os projetos que enviamos foram aprovados. É uma relação sem atritos. Inclusive os vereadores de oposição são parceiros também. A relação está bem tranquila.

 

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