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Política Entre Rios

Pré-candidato a prefeito, Ari Maldaner reforça: “O vice deve sair do PP”

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Pré-candidato a prefeito de Entre Rios do Oeste, vice-prefeito Ari Maldaner (PSD): “Acho muito difícil que em Entre Rios saia consenso. Desde o início como município sempre houve dois candidatos a prefeito” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

Com uma vida política bastante conhecida em Entre Rios do Oeste, onde atualmente ocupa o cargo inclusive de vice-prefeito, Ari Maldaner (PSD) é praticamente um nome de consenso dentro do grupo de situação para encabeçar a majoritária na eleição deste ano.

Se de um lado o possível entendimento para escolha do pré-candidato a prefeito está bem encaminhado, de outro ainda falta definir quem deve compor a chapa com ele, para, posteriormente, haver a homologação nas convenções.

Conforme Maldaner, o PP terá autonomia para indicar um nome. Em entrevista ao Jornal O Presente, o vice-prefeito cita algumas lideranças do Progressistas que estão sendo cotadas.

Por outro lado, ele fala sobre o possível adiamento da eleição, do acirramento político que existe hoje entre alguns vereadores de oposição com o prefeito Jones Heiden (PSD), bem como da saída de dois parlamentares da base situacionista, que poderiam estar na majoritária. Confira.

 

O Presente (OP): Estamos a poucos meses da eleição municipal, que até o momento ainda está marcada para 04 de outubro. O senhor mantém a sua pré-candidatura a prefeito?

Ari Maldaner (AM): Sim, eu mantenho minha pré-candidatura. Obviamente que vai depender depois, na convenção, de o partido homologar meu nome. Estamos na expectativa para o que vai acontecer. Alguns políticos falam em dar mais dois anos de ‘brinde’ às atuais administrações, mas alguns deputados são contra. Eu não acredito que isso vai acontecer. O que pode acontecer é a data ser adiada de repente para fim de novembro ou dezembro. Quem sabe até lá termina a pandemia.

 

OP: Alguns políticos que eram cotados como pré-candidatos à majoritária no grupo de situação migraram para a oposição. Hoje, como pré-candidato a prefeito da base situacionista, há somente o senhor ou existem conversas com outros nomes?

AM: Ainda há conversas. Somos pré-candidatos porque estamos na atividade como vice-prefeito. A liderança do PP é muito forte em Entre Rios. Como eu saí do PP e fui para o PSD, se eu for o candidato a prefeito estaremos ao lado do governador Ratinho Junior (PSD). O PP conta com lideranças muito expressivas, como o Giovani Fim, o Romário Schaefer, Elton Stein, Paulinho Vogt, Elcio Egewarth, Edo Schlindwein, vereadores Viro Lerner e Jair Bokorni. Provavelmente um destes líderes deve ser indicado, possivelmente por meio de pesquisa, para ser futuramente o candidato a vice-prefeito.

 

OP: O senhor está no PSD. A tendência então é a escolha do pré-candidato a vice-prefeito ser do PP?

AM: Provavelmente essa coligação seja mantida e, então, o vice deve sair do PP.

 

OP: Até quando o senhor acha que essa definição deve ocorrer?

AM: Essa definição vai ocorrer na convenção, porque antes disso todos são candidatos a candidato. Não sabemos agora se a convenção vai ser realizada no período previsto ou mais tarde. Se for prorrogada a data da eleição o mesmo deve acontecer com o prazo para a convenção, pois são somente 45 dias de campanha.

 

OP: Mas o senhor espera que o encaminhamento para escolha do pré-candidato a prefeito e vice-prefeito seja feito até quando?

AM: As lideranças do PP precisarão se reunir, mas acredito que não vão muitos dias para definir quem será o pré-candidato a vice.

 

OP: O PSD pretende participar desta escolha do pré-candidato a vice-prefeito?

AM: Não, penso que não. Acredito que isso seja uma autonomia do próprio PP. Eles devem indicar quem será o pré-candidato a vice.

 

OP: Destes que o senhor citou como possíveis pré-candidatos, há afinidade com todos e são bons nomes, na sua opinião?

AM: Qualquer um deles seria um candidato forte e temos afinidade com todos os políticos. Estou na política há muitos anos e tenho uma boa relação com eles. Não vejo nenhum problema em qualquer um deles ser eventualmente candidato a vice.

 

OP: A coligação de situação conta somente com o PSD e PP. Existe a possibilidade de mais algum partido vir a compor no grupo?

AM: Acho difícil, porque hoje só contamos com quatro partidos no município. O PR e o MDB e o PSD e PP. Dificilmente haverá mais um partido que venha a se aliar com a gente.

 

Pré-candidato Ari Maldaner (PSD): “O mesmo problema de agora e estes vereadores que querem votar contra se posicionaram, na época, a favor do Elcio. Querem votar contra simplesmente para prejudicar o prefeito Jones” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

 

OP: O fim da coligação na proporcional ocasionou uma extinção de siglas em Entre Rios. Como o senhor avalia essa mudança?

AM: Com muitos partidos concorrendo pode perder votos. Até estamos preocupados porque os nossos dois partidos não podem se coligar. Mas é bom, porque às vezes alguém que fez poucos votos é eleito. Acho que futuramente vai chegar em um ponto em que quem alcançou mais votos está eleito. Penso que seria o melhor.

 

OP: Existem muitas siglas no país chamadas de “partidos de aluguéis”. Na sua avaliação, o fim da coligação na proporcional ajudou a acabar com agremiações que existiam apenas para negociatas?

AM: Realmente acho que ajudou bastante, porque havia partidos que existiam apenas para acerto político. Penso que agora terminou isso, porque partido muito pequeno não tem mais como lançar candidato a vereador. Isso foi muito bom.

 

OP: Em relação à coligação na proporcional, no seu grupo devem ser lançadas duas chapas ou uma?

AM: Teremos duas chapas, uma do PSD e outra do PP.

 

OP: Recentemente, dois nomes que faziam parte do grupo de situação e eram pré-candidatos inclusive à majoritária – Alcindo Schneiders e Enio Foliatti – migraram para a oposição. Como o senhor recebeu essa decisão deles?

AM: Dois vereadores saíram e migraram para a oposição alegando que tinham atrito com o prefeito Jones. Mas a próxima administração é outra, não será Jones. Será outro prefeito. Foram para a oposição, mas o povo não aceitou muito isso. O povo rejeitou a decisão destas pessoas.

 

OP: O senhor ainda vislumbra uma reaproximação com eles?

AM: Eles estão na oposição e não sei se serão candidatos ou não. Voltar não tem como porque não há mais prazo para mudar de partido. Então estão, na verdade, fora da cogitação de se aliar conosco.

 

OP: Em alguns momentos foi ventilada a possibilidade de ter candidatura única em Entre Rios do Oeste. Isso está descartado?

AM: Acho muito difícil que em Entre Rios saia consenso. Desde o início como município sempre houve dois candidatos a prefeito. Quando éramos distrito e pertencíamos a Marechal Rondon também havia sempre dois candidatos a vereador, um de cada lado, sendo que na época até chegamos a eleger dois. Já se cogitou um consenso, mas é muito difícil.

 

OP: No decorrer desta legislatura o grupo de situação passou de maioria para minoria na Câmara de Vereadores. Paralelo a isso, tramita um projeto que pode desaprovar a prestação de contas de 2013 e, com frequência, vereadores apresentam denúncias no Legislativo. Essas situações podem causar um desgaste na campanha?

AM: Eu acho que não. Isso é uma briga pessoal de vereadores com o prefeito. Em 2013 aconteceu a mesma coisa com a prestação de contas em relação ao prefeito anterior, o Elcio Zimmermann. O mesmo problema de agora e estes vereadores que querem votar contra se posicionaram, na época, a favor do Elcio. Querem votar contra simplesmente para prejudicar o prefeito Jones.

 

OP: Como o senhor avalia, do ponto de vista de pré-candidato, o possível adiamento da eleição?

AM: Acho que prejudica, porque em novembro e dezembro muitas pessoas estão trabalhando na lavoura e não gostam de receber visita de políticos. Se pudesse ser antes, dentro do calendário previsto de 04 outubro, para os pré-candidatos seria bem melhor.

 

OP: Devido à pandemia a eleição pode ter como um dos diferenciais a campanha sem tanto corpo a corpo com os eleitores. Para quem faz uma política mais próxima do eleitorado, como será pedir voto com certo distanciamento?

AM: Realmente é meio problemático, porque vamos visitar uma pessoa e não podemos cumprimentar dando a mão. Fica difícil. Mas se persistir a data e a pandemia diminuir, vamos ter um certo tempo de visitar as pessoas. Além disso, com as redes sociais é possível ter um contato direto com os eleitores. Promover reuniões políticas talvez seja difícil devido à aglomeração de pessoas, mas o contato com os eleitores vai acontecer de uma forma ou de outra.

 

O Presente

 

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