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Política Entrevista ao O Presente

“Queremos deixar mais uma marca para Entre Rios do Oeste”, enaltece Ari Maldaner

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Prefeito eleito Ari Maldaner (PSD): “Não vou interferir na Câmara. Os vereadores têm toda autonomia. Fui presidente e sabemos como funciona” (Foto: Ana Paula Wilsmen/OP)

Após oito anos como vice-prefeito de Entre Rios ao Oeste, Ari Maldaner (PSD) assume no dia 1º de janeiro o comando da prefeitura para a gestão 2021/2024. Ele substituirá o prefeito Jones Heiden (PSD), que deixa a vida pública com a marca de ter conseguido fazer o sucessor.

Em visita ao Jornal O Presente, na última segunda-feira (07), Maldaner comentou sobre o que a comunidade pode esperar do seu mandato e frisou que todos os setores devem receber uma atenção especial do governo. O prefeito eleito disse ainda que não pretende chamar nenhum vereador para compor o primeiro escalão e que, inicialmente, a equipe deve ser mais técnica, mas no decorrer da gestão a tendência é indicar alguns nomes políticos. Confira.

 

O Presente (OP): Estamos há poucas semanas da sua posse como prefeito. O que a comunidade de Entre Rios do Oeste pode esperar da sua gestão?

Ari Maldaner (AM): A comunidade pode esperar aquilo que a gente sempre falava na campanha, de que queremos trabalhar para o município e não para um grupo de pessoas. O nosso interesse é Entre Rios do Oeste. Sempre fui envolvido na política e com essa minha idade tenho a oportunidade de novamente mostrar, agora como prefeito, como administrar Entre Rios do Oeste. Gostamos muito do município, somos pioneiros, faz 61 anos que moro lá, então queremos deixar mais uma marca do meu trabalho para Entre Rios do Oeste. Este é o meu grande objetivo: atender a todos.

 

OP: Qual deve ser o norte do governo? Qual setor o senhor acha que merece ganhar uma atenção especial?

AM: Acho que não tem setor específico. Dos oito anos que acompanho a prefeitura com o Jones, a educação tem o orçamento e sua prioridade, assim como a saúde também. Vamos trabalhar em todos os segmentos do nosso município, em todos os setores vamos atuar da mesma forma. Vamos ter que atender todo nosso munícipe igualmente.

 

OP: Muitos dizem que o seu governo, por ser o atual vice-prefeito, será uma continuidade do mandato do prefeito Jones. O que o senhor tem a dizer a respeito?

AM: Realmente, vou mostrar a continuidade do trabalho que eu e o Jones iniciamos em 2013. Fizemos um grande projeto intitulado Entre Rios 30 anos. Neste projeto, constam todas as obras e prioridades que tínhamos para o nosso município. Destas, uma grande parte já foi executada em oito anos. Eu quero, durante os quatro anos, terminar essas obras que constam neste projeto. Estivemos juntos na montagem deste projeto e vamos ver se conseguimos concluí-lo durante meu mandato.

 

OP: Vai haver mudanças na equipe de governo?

AM: Vai haver mudanças. Contamos com pessoas que estão há oito anos como secretárias. Vamos trabalhar com uma equipe mais técnica inicialmente, segurando secretários onde há muitas pendências, como no Planejamento, porque ainda existem projetos que não acabaram, que não foram executados, outros de recape asfáltico impugnado. Então temos um grande trabalho em alguns setores para que seja possível em janeiro começar a fazer obras. Temos que manter uma parte da equipe. Durante meu mandato a equipe vai ser um pouco mais política e não tanto técnica. Inicialmente, começaremos mais técnica e depois vamos mudar para a parte política. Secretário hoje é um gestor político. Tem que ajudar o prefeito. Isso vai acontecer durante o meu mandato.

 

Prefeito eleito de Entre Rios do Oeste, Ari Maldaner (PSD): “Inicialmente, começaremos mais técnica e depois vamos mudar para a parte política. Secretário hoje é um gestor político. Tem que ajudar o prefeito” (Foto: Ana paula Wilmsen/OP)

 

OP: O senhor deve chamar algum vereador para compor o primeiro escalão?

AM: Nenhuma previsão. Eu fui vereador, fui presidente da Câmara, acompanhei todas eleições de Entre Rios e desde a primeira eleição em Marechal Cândido Rondon, ainda jovem. Em Entre Rios já aconteceram vários casos do vereador ser chamado para assumir dois a três anos uma secretaria, voltou para a Câmara e não se elegeu mais. O eleitor, tantas vezes que já participei das campanhas, fala que quem se elege vereador tem que ser vereador. Eu vou respeitar isso, a não ser que um vereador não queira mais exercer a função e deseja ser secretário, mas eu não vou pedir para que seja secretário.

 

OP: O grupo de situação não fez a maioria na Câmara de Vereadores. O senhor acha que terá dificuldades na relação entre Executivo e Legislativo?

AM: Eu acho que não, porque nossa Câmara nunca teve uma renovação tão grande. Seis vereadores novos e todos têm a promessa de trabalhar pelo município. Os outros três que se reelegeram temos certeza que vão querer que Entre Rios siga crescendo da forma como está agora. Penso que não teremos tantas dificuldades. Contamos com quatro (vereadores) do MDB, um do PL e quatro do nosso grupo. Não vou interferir na Câmara. Os vereadores têm toda autonomia. Fui presidente e sabemos como funciona. O prefeito tem que acatar o que a Câmara vai fazer. É um poder separado. Vou ter uma conversa com todos os nove vereadores e só quero que trabalhem pelo município, que façam aquilo que prometeram ao seu eleitor. Aí sim nosso município, com certeza, tomará um rumo mais forte ainda do seu progresso.

 

OP: O senhor acha que poderá atrair para o grupo de situação algum vereador que hoje é oposição?

AM: Não vou dizer isso, mas de repente da oposição algum venha a somar. Isso é questão de negociação entre os vereadores. Não vamos interferir. Se acontecer, não vejo tanto problema, pois tenho boa relação com todos. Desta forma podemos trabalhar juntos.

 

OP: Nesta eleição houve uma divisão e três candidatos disputaram a prefeitura. O senhor acha que essa divisão permanece no município ou a tendência agora é a união de forças?

AM: Não sabemos o que vai acontecer com a terceira força, que saiu na última hora. Nunca tinha acontecido isso, pois sempre eram dois lados políticos. Houve muita preocupação do nosso grupo político, da liderança e dos próprios cabos eleitorais que trabalharam na campanha de, inicialmente, chamar outro partido. Mas não vou fazer isso. Vou trabalhar com meu grupo político, com uma equipe técnica, que funciona. Para frente podemos pensar em outra forma e chamar mais políticos para estar conosco na prefeitura.

 

OP: Quais são as expectativas para 2021, que será um ano pós-pandemia? Acha que o município terá dificuldade em conquistar recursos?

AM: É uma preocupação mesmo, porque percebemos durante a campanha, na visita às famílias, as crianças em casa e gostariam de ir à escola ou para a creche, mas têm que ficar. É uma grande preocupação. Eu não vejo uma saída antes da metade do ano até que vier a vacina. Vamos esperar. Sobre verbas, já fui a Curitiba e enviei ofício para Brasília. Estou em contato com os deputados e eles falam que são poucos meses para uma nova eleição. Todos desejam trazer verba para o município e, em contrapartida, depois querem palanque. Como Entre Rios do Oeste sempre teve dois deputados estaduais, que eram o Elio (Rusch, DEM) e o Ademir (Bier, PSD), e agora não tem, vêm os outros querer votos. O deputado Hussein Bakri (PSD) disse que vai ajudar Entre Rios, assim como ele ajudou agora no mandato do Jones. E assim precisamos ver com os deputados federais, mas, com certeza, teremos boas verbas para administrar o município nos dois primeiros dois anos.

 

OP: O fato de ser vice-prefeito faz com que se torne mais fácil o contato com o governo estadual e federal?

AM: Bem mais fácil. Todos me conhecem e o acesso é bem mais fácil hoje para chegar e pedir algo. Sempre temos que ter alguém que abra o caminho para chegar lá, mas temos essas parcerias, vamos mantê-las e trabalhar desta forma.

 

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