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Política Repercussão

Senadores criticam paralisação de caminhoneiros que apoiam Bolsonaro

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(Foto: Fabio Rodriges Pozzebom/Agência Brasil)

A paralisação promovida por caminhoneiros em apoio ao presidente Jair Bolsonaro repercutiu entre os senadores, que usaram o Twitter nesta quinta-feira (9) para comentar a situação. “Caos”, “castigo” e “atividade criminosa” foram algumas das palavras que os senadores usaram para definir o movimento.

A paralisação começou nesta quarta-feira (8) e chegou a atingir 15 estados, mas até a tarde desta quinta-feira permanecia em apenas cinco. Representantes do movimento se reuniram nesta quinta com Bolsonaro e informaram que só pretendem acabar com as paralisações quando suas demandas forem atendidas. Eles também tentam marcar uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Já há registro de filas para abastecimento nos postos de combustível em estados como Santa Catarina e Pernambuco, e também no Distrito Federal.

Alvaro Dias (Podemos-PR) disse que a população não pode pagar pelos erros das autoridades. De acordo com o senador, essa paralisação nas estradas só pune quem trabalha e quem promove o desenvolvimento. Ele ainda lamentou que, apesar do áudio do presidente Bolsonaro pedindo o fim das paralisações, caminhoneiros sigam interditando rodovias pelo segundo dia consecutivo. “Os brasileiros não merecem esse castigo.”

Paulo Paim (PT-RS) questionou: “A quem interessa a paralisação de parte dos caminhoneiros?”. O senador manifestou preocupação com o possível desabastecimento de alimentos, remédios e combustíveis. E declarou que, com a paralisação, o setor produtivo perde e os pobres são prejudicados. “Basta de discursos de incitação à violência. O governo se perdeu em seu próprio labirinto.”

Weverton (PDT-MA) afirmou que essas manifestações foram insufladas por Bolsonaro e afetam a economia. Segundo ele, “é preciso parar essa escalada de insensatez que leva a movimentos, como a paralisação de caminhoneiros e a ocupação da Esplanada dos Ministérios, pela destituição de ministros do STF [Supremo Tribunal Federal]”. O senador acrescentou que “o povo não aguenta mais pagar a conta”.

Paulo Rocha (PT-PA) registrou que, “uma semana antes do 7 de setembro, Bolsonaro prometeu que ia enquadrar o STF, não conseguiu, mas está alimentando os seus seguidores a praticarem vandalismos nas rodovias federais”.

 

Ação política

Para Humberto Costa (PT-PE), o governo tem a obrigação de desmontar os bloqueios, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O senador disse que os caminhoneiros não cobram pautas específicas, mas agem “pura e simplesmente” por uma motivação política, “solicitando a queda dos ministros de STF e fazendo o jogo de uma parte dos integrantes do agronegócio, que querem que o STF aprove o marco temporal das terras indígenas, para que eles possam ocupar ilegalmente terras que são reservadas à preservação do meio ambiente e aos povos originários”.

“É uma atividade criminosa o que está acontecendo. Se o presidente da República não tomar as medidas necessárias para impedir o caos, terá que responder por crime de responsabilidade”, declarou ele em vídeo divulgado por sua assessoria.

 

Ofício

Alessandro Vieira (Cidadania-SE) informou que já enviou um ofício ao Ministério da Justiça cobrando providências. O senador ressaltou que o documento questiona o ministério, ao qual está subordinada a Polícia Rodoviária Federal, sobre “quais ações têm sido tomadas e se estão sendo adotadas de modo eficiente e tempestivo para liberar o fluxo nas estradas afetadas”. Ele argumenta que as paralisações promovidas por caminhoneiros que apoiam Bolsonaro são, na verdade, atos antidemocráticos.

 

Com Agência Senado

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