Política Confira os números
Sete mil rondonenses estão filiados a partidos políticos; saiba quais são as legendas mais expressivas do município
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Progressistas (PP) e Democratas (DEM) mantêm a liderança em número de filiados em Marechal Cândido Rondon. Juntos, estes três partidos somam 4.471 inscritos de um total de 7.223 eleitores distribuídos em 29 agremiações político-partidárias ativas no município, ou seja, 61% do total. A cidade-sede da 121ª Zona Eleitoral possui 40.375 eleitores aptos a votar, de acordo com números atualizados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O maior partido rondonense é o MDB, que tem em suas fileiras o vereador e pré-candidato a prefeito pela oposição, Josoé Pedralli, que preside a agremiação local.
Em 2º lugar aparece o PP, com três vereadores, sendo presidido pelo vereador Adriano Cottica.
O 3º colocado em número de filiados em Rondon é o DEM, do prefeito e pré-candidato à reeleição Marcio Rauber, o qual tem seis vereadores filiados.
De um total de 13 cadeiras na Câmara, os três maiores partidos somam dez vereadores.
NOVAS EXPERIÊNCIAS
Com o anúncio do 1º turno das eleições para o dia 15 de novembro, os dirigentes partidários intensificam os diálogos com líderes de outras legendas visando aglutinar apoios de olho no pleito eleitoral que se aproxima. Uma mudança é que a coligação partidária está permitida apenas na majoritária, para prefeito e vice, sendo impedida a formalização de coligação na disputa à vereança (proporcional). Em nível de majoritária, DEM e MDB historicamente têm protagonizado disputas e elegido prefeitos no município.
NÚMERO DE FILIADOS
1º MDB 2.807
2º PP 985
3º DEM 679
4º PSC 522
5º PSDB 411
6º PTB 257
7º Cidadania 255
8º PT 214
9º PL 179
10º PDT 160
11º PSD 149
12º PSB 123
13º PV 70
14º Solidariedade 63
15º Podemos 61
16º PSL 48
17º Avante 47
18º Republicanos 46
19º PMB 32
20º PSOL 22
21º PRTB 18
22º Novo 16
23º Pros 15
24º Patriota 12
25º Democracia Cristã 10
26º PCdoB 8
27º PMN 7
28º PTC 4
29º PSTU 3
TOTAL 7.223
121ª ZONA ELEITORAL
40.375 eleitores aptos a votar
VEREADORES QUE INTEGRAM OS MAIORES PARTIDOS DE RONDON
– Adelar Neumann (DEM)
– Adriano Backes (DEM)
– Adriano Cottica (PP)
– Arion Nasihgil (PP)
– Claudio Köhler (PP)
– Cleiton Freitag (Gordinho do Suco) (DEM)
– Dorivaldo Kist (Neco) (DEM)
– Josoé Pedralli (MDB)
– Nilson Hachmann (PL)
– Pedro Rauber (DEM)
– Ronaldo Pohl (PSD)
– Valdir Port (Portinho) (PL)
– Vanderlei Sauer (DEM)
MDB SEMPRE FOI PROTAGONISTA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS
O vereador Josoé Pedralli preside o MDB em Marechal Rondon, sigla que reúne 2.807 filiados. Ele diz que a quantidade expressiva de lideranças filiadas ao partido se deve ao passado histórico do MDB. “Foi uma construção de quatro décadas, sendo herança positiva e por isso sempre foi um dos partidos protagonistas nas eleições municipais e também nas eleições estaduais. Digo que é fruto do passado e do presente”, opina.
Na última eleição a prefeito e vereador os partidos podiam se coligar na chapa proporcional, o que não é permitido neste ano. “Para ser candidato na última eleição você poderia pegar um partido, lançar apenas um candidato e coligá-lo com demais partidos para formar uma chapa e daqueles três, quatro partidos eleger dois a quatro vereadores. Ocorre que um partido que tinha apenas um candidato poderia fazer um vereador eleito migrando para uma chapa que desse condições para isso”, expõe, acrescentando: “Agora, temos uma alteração na lei. Hoje para se eleger um vereador o partido vai sozinho, então depende exclusivamente dos votos dos candidatos que estão filiados no seu partido. Isso inviabilizou pequenos partidos que tínhamos no nosso município. Assim ocorreu uma mudança estratégica das pessoas com intenção de disputar e que têm chances reais de alcançar uma cadeira no Legislativo. Houve migração dos pequenos para os maiores partidos, que oferecem condições de fazer o coeficiente eleitoral e eleger um vereador”.
Segundo Pedralli, em torno de 2,2 mil votos devem ser necessários para eleger cada um dos 13 vereadores.
Pré-candidato a prefeito pela oposição, ele informa que o Cidadania (antigo PPS) está confirmado no grupo de apoio ao MDB, podendo ainda contar com o ingresso formal do PSD, que demonstra interesse em se coligar na majoritária. “Há expectativa de ter junto o PP, Podemos, PMN, PSL e outros. Toda essa coligação pretende chegar a 60 pré-candidatos, com meta de eleger oito vereadores”, revela.
MAJORITÁRIA
Pedralli enaltece que a decisão sobre a data da convenção do MDB será tomada pela executiva municipal, possivelmente em reuniões no decorrer desta semana.
Sobre o fato de 2020 apresentar uma eleição inédita, devido à pandemia do coronavírus, o que impede um contato mais direto dos pré-candidatos com o eleitorado, o emedebista avalia como um ponto positivo. “Aponto como vantagem a questão dos recursos necessários a serem disponibilizados na forma de organização desta campanha, até porque terá menos contato físico. Grandes empresas tinham custo altíssimo ao reunir seus diretores que se deslocavam de um local ao outro. Hoje com a plataforma Zoom é possível reunir 20 pessoas a custo zero, só com computador ligado. Esta eleição terá menor custo de logística e isso é uma vantagem. A desvantagem é a falta do contato físico, do olho no olho, do aperto de mão, da aglomeração onde o candidato expõe suas ideias a uma multidão, o que não vai acontecer porque o trabalho será parcelado, dividido. Antes enviava mensagem a 300 pessoas, hoje encaminha para três”, exemplifica.
De acordo com Pedralli, a renovação no MDB projeta o partido a pleitear cinco vagas na próxima legislatura. “Isso pelas pessoas que se filiaram e que migraram ao MDB, transformando-o novamente em um grande partido”, enaltece.
Presidente do MDB, vereador Josoé Pedralli: “A renovação no MDB projeta o partido a pleitear cinco vagas na próxima legislatura” (Foto: Joni Lang/OP)
PP TEM 985 FILIADOS E É O 2º MAIOR PARTIDO RONDONENSE
Vereador pelo terceiro mandato, Adriano Cottica, que preside o PP em Marechal Rondon, destaca que os 985 filiados com cadastro regular representam o fortalecimento do partido. Em relação à expectativa para a eleição deste ano que não possibilita a coligação na proporcional, ele acredita que com o passar do tempo vai haver menos negociação com legendas pequenas, mantendo os partidos sólidos, bem estruturados e com boas lideranças. “Isso é muito importante ao desenvolvimento político dos municípios”, frisa.
No que tange à disponibilização de nomes para concorrer ao pleito na proporcional, Cottica expõe que o processo é de construção, com a pretensão de lançar 14 ou 15 nomes, sendo o projeto eleger de dois a três vereadores.
O ex-árbitro Roberto Braatz foi lançado pré-candidato a prefeito pelo partido no início deste ano. Ao ser perguntado se o PP mantém a pré-candidatura ou pretende seguir na coligação com a oposição, Cottica enaltece que Braatz continua trabalhando ao seu estilo. “Com muita responsabilidade e muito conhecimento que tem, com sua vasta experiência de vida como árbitro da Fifa e agora enquanto agricultor do ramo de aviários. Ele possui uma granja com três aviários com a Copacol”, pontua.
Sobre a eleição inédita em meio a uma pandemia, o presidente do PP rondonense vê como desvantagem não poder fazer reunião com eleitores. “Será um contato menor com o eleitor, mas penso que até outubro a pandemia já se foi”, prevê.
Presidente do PP, vereador Adriano Cottica: “A pretensão é lançar 14 ou 15 nomes, sendo o projeto eleger de dois a três vereadores” (Foto: Arquivo/OP)
679 FILIADOS NAS FILEIRAS DO DEMOCRATAS
O presidente do DEM rondonense, prefeito Marcio Rauber, avalia que a agremiação política, que soma 679 filiados, é eclética. “Em nossas fileiras temos líderes históricos, mas também jovens filiados ao longo dos últimos anos. Temos tido adesões importantes, mantendo a tradição de um grupo coeso, de pessoas que querem o bem do município, sendo candidatas ou não, e preservando as boas relações com os outros partidos. O Democratas tem em sua linha programática alguns valores muito importantes, como a defesa da livre iniciativa, o estado de direito, o direito à propriedade, a liberdade de expressão, o respeito entre os poderes. Isso tudo, associado à história política da agremiação no município, incluindo os períodos que antecederam a mudança da nomenclatura, faz com que o nosso partido mantenha sempre esse excelente colegiado de rondonenses”, enfatiza.
Em relação à não coligação na proporcional, Rauber diz: “Na majoritária, os apoios estão sendo debatidos e deverão ser formalizados nas convenções de cada partido, dentro do novo calendário eleitoral já aprovado pelo Congresso Nacional, em forma de Emenda Constitucional. Com certeza, teremos mais uma vez a parceria dos partidos que compuseram a nossa coligação em 2016 e talvez alguns novos e importantes apoios”, adianta.
Segundo ele, quanto às chapas para a eleição de vereadores as lideranças têm trabalhado com muita responsabilidade na escolha de possíveis candidatos. “É claro que todos os filiados dos partidos têm o direito de apresentar a sua candidatura nas convenções. O Democratas e os nossos partidos parceiros têm trabalhado na abertura de espaço para novas lideranças, buscando oferecer ao eleitor as melhores opções. O nosso desejo é eleger o maior número possível de vereadores, formando uma base sólida no Legislativo, cujos integrantes sejam agentes de transformação, de melhoria, que se preocupem em fiscalizar de fato e, acima de tudo, que tenham o desejo e a ação construtiva, em prol do município”, salienta o prefeito.
ELEIÇÃO
Pré-candidato à reeleição, Rauber se mostra convicto de que ele e o vice-prefeito Ilario Hofstaetter (Ila) (PL) e toda equipe têm realizado um governo eficiente, responsável, transparente, sério, comprometido com o anseio e as necessidades da população. “Há muito, ainda, a ser feito. E nós temos planos, projetos e principalmente a vontade de fazer um segundo mandato ainda melhor do que o primeiro. Acredito que isso nos credencia a apresentar os nossos nomes aos convencionais do partido, buscando o apoio das outras agremiações coligadas”, destaca. “Ainda não definimos a data para a nossa convenção. Com a mudança de calendário, em razão da pandemia, toda programação pré-estabelecida teve que ser revista. Acredito que devamos realizar a convenção logo no início do período autorizado pelo TSE, a partir do dia 31 de agosto, dando condições para que os candidatos escolhidos tenham o maior tempo possível para planejar e realizar as suas campanhas”, amplia.
Ele reforça ser um cenário novo para todos devido à pandemia do coronavírus. “A nossa geração nunca havia passado por uma situação como esta. É um momento que exige adaptação e muita sensibilidade. A desvantagem mais visível é a impossibilidade imediata de fazer reuniões com um grande número de pessoas, de apertar a mão e abraçar, como sempre fizemos, tanto na campanha quanto durante o mandato. Certamente sentiremos falta daquele contato mais direto e pessoal. A vantagem, por outro lado, é que a tecnologia disponível nos permite levar a nossa mensagem ao eleitor, de forma virtual. Nunca antes o rádio e as redes sociais via internet tiveram um papel tão importante como terão nesta eleição. Nesse sentido, nossa equipe está preparada e nos ajudará muito, compartilhando e fazendo chegar a todos os rondonenses as nossas propostas”, finaliza.
Presidente do DEM, prefeito Marcio Rauber: “Nunca antes o rádio e as redes sociais via internet tiveram um papel tão importante como terão nesta eleição” (Foto: Joni Lang/OP)
O Presente