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Academia do Nobel quer que Bob Dylan cante na premiação

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Ki Price/Reuters/Arquivo

Bob Dylan, em silêncio desde o anúncio de seu Prêmio Nobel de Literatura, anunciou, finalmente, que pretende buscar seu prêmio em Estocolmo. Encantada, a Academia sueca disse que o artista poderia agradecer cantando em 10 de dezembro.

O artista americano de 75 anos quebrou na sexta-feira o silêncio de mais de 10 dias sobre o Graal da literatura. “É difícil de acreditar”, disse o cantor e compositor americano ao jornal britânico Daily Telegraph. “Quem poderia sonhar com algo assim?”.

Perguntado sobre se compareceria ao banquete que é oferecido aos laureados com o Nobel em Estocolmo no próximo 10 de dezembro, presidido pelo rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, Dylan respondeu: “Com certeza, se for possível”.

Nesta hipótese, a secretária perpétua da Academia, Sara Danius, disse que “tudo seria feito” para tornar a estadia agradável, se não for tolerável, ao poeta-músico que prefere os trompetes às luzes da fama.

A única obrigação, de acordo com o estatuto da Fundação Nobel: “Deve se dirigir, de uma forma ou de outra, ao Nobel, pode ser por meio de um breve discurso, uma performance, um vídeo ou uma canção”, lembrou Sara Danius, citada pela rádio pública SR.

“Espero que ele faça o que tiver vontade”, acrescentou. Oito dias após o anúncio do prêmio, um proeminente membro da Academia sueca havia criticado o comportamento de Bob Dylan. “É rude e arrogante. É o que é”, acusou Per Wastberg.

Sara Danius explicou que, desde então, conversou com Bob Dylan. Ele foi “humilde, simpático e engraçado”, ela assegurou.

Nobel
Bob Dylan, de 75 anos, foi anunciado no dia 13 de outubro como o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2016. A escolha foi divulgada em um evento em Estocolmo, na Suécia. Além do título, Dylan, que é considerado um dos maiores nomes da música do século XX, poderá receber 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,9 milhões).

A opção por um músico e não por um escritor de ofício soa incomum, mas o nome do Dylan vinha sendo cotado havia muitos anos. Também poeta e com diversos livros lançados (veja lista abaixo), o artista é aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras. Desta vez, no entanto, ele não estava entre os favoritos nas casas de apostas.

Reconhecendo que o Nobel de literatura de 2016 pode parecer surpreendente, a secretária-geral da Academia Sueca, Sara Danius, declarou que Dylan foi escolhido “por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana”.

A academia citou ainda que “Dylan tem o status de um ícone” e que “sua influência na música contemporânea é profunda”. “Ele é provavelmente o maior poeta vivo”, declarou Per Wastberg, membro da instituição.

A nota biográfica do prêmio afirma que “Dylan gravou um grande número de álbuns que giram em torno de temas como a condição humana, religião, política e amor”. Dentre os clássicos compostos por ele, estão “Blowin’ in the wind”, “Subterranean homesick blues”, “Mr. tambourine man” e “Like a rolling stone”.

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