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Concurso de Miss Rondon completa 50 anos

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Carina Ribeiro/OP
Hoje com 72 anos, Helga Kleemann Port guarda dois quadros que remetem à sua escolha como a primeira Miss Rondon e também como 1ª princesa do Clube Flamengo (à esq.)

Costurar o próprio vestido para desfilar como candidata a miss possivelmente seja algo raro hoje em dia. A primeira Miss Rondon, Helga Kleemann Port, atualmente com 72 anos, será uma das homenageadas no próximo concurso que vai eleger a nova representante da beleza feminina de Marechal Cândido Rondon. O evento será realizado no dia 22 de fevereiro, mas já encontra-se com inscrições abertas para as interessadas em concorrer.

Em 1963, quando tinha 22 anos, Helga caminhava por toda a casa equilibrando um livro sobre a cabeça. Ela buscava seguir com os passos uma linha, cuidando para que um pé estivesse exatamente à frente do outro. Desta forma a jovem treinava a postura e garantiu a performance que resultou na sua escolha como miss.

Ela se preparou por conta própria, em casa, para subir à passarela do concurso local, tendo inclusive ajudado a mãe a costurar a vestimenta. “Naquela época não havia patrocínio, somente ‘pai-trocínio’”, conta.

Segundo relatou Helga à reportagem de O Presente, o concurso daquele ano foi promovido a partir de uma comissão que se deslocou de Cascavel para organizá-lo, mas os jurados eram de Marechal Rondon. “Houve poucas candidatas e os organizadores eram bastante rígidos quanto à altura, peso e às medidas de cintura, busto e quadril”, expõe.

Natural

Diferentemente da possibilidade de fazer sessões de massagem, drenagem linfática, ter acompanhamento nutricional, frequentar academia, fazer cabelo, unhas e maquiagem em salão de beleza, como acontece a muitas candidatas de concursos de beleza hoje em dia, na década de 60 havia poucas opções. “Hoje em dia existem mais recursos para se preparar uma candidata a miss”, comenta Helga.

Depois de ter feito apenas um único ensaio, poucos dias antes do desfile, a então candidata aguardava tranquilamente o dia do concurso. “Não havia tanta expectativa em ganhar. Se eu podia desfilar, eu apenas concordava, estava bom”, ameniza.

Chegou o dia. Um público considerável aguardava para ver as candidatas, já que era o primeiro concurso de beleza em nível municipal e um dos poucos eventos ocorridos na cidade. “Desfiei o cabelo em casa. Nem ruge tinha para passar no rosto. Foi um desfile bem ao natural”, afirma Helga, que usava apenas um colar de pedras de cristal e um brinco de trevo.

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