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Espumante Moscatel brasileiro agrada aos paladares mais exigentes

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Muscat na França, Moscato na Itália e Moscatel no Brasil. São tantas as denominações que é fácil de se perder. Mas vamos com calma. Essa é uma família de uvas muito versátil, capaz de dar origem a vinhos brancos, tintos, secos, doces e espumantes. Independentemente da variedade da uva, há características que se repetem muito. O aroma é inconfundível e se assemelha a frutas como pêssego, nectarina, e laranja e tem um sabor adocicado, que combina perfeitamente com sobremesas. A produção nacional do espumante derivado da uva foi iniciada na década de 70.

Um dos mais famosos espumantes Moscatel é o italiano Asti. É produzido na região do Piemonte e respeita as regras estabelecidas pela Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG). Assim como o champanhe, um vinho só pode ser chamado de Asti quando o método de produção segue rígidas normas, como limite máximo de açúcar e processos específicos de fermentação, tudo para preservar o aroma e o sabor adocicado da bebida.

O moscatel chegou ao Brasil pelas mãos da empresa italiana Martini e Rossi, produtora do famoso vermute. A região escolhida foi a Serra gaúcha de Garibaldi. O diretor inovador da companhia, Sr. Francesco Retti foi um dos grandes apoiadores do projeto. Com a ajuda de técnicos italianos, a equipe local começou a produzir o vinho. A intenção era fazer uma versão brasileira do ASTI italiano e vender para a comunidade italiana do Estado de São Paulo. Como remessa inicial a companhia planejou a produção de 5.000 caixas de 12 unidades.

O sucesso foi tanto que a região de origem do produto começou a reclamar da denominação Asti. Em uma matéria para o jornal O Globo, Adolfo Alberto Lona, que foi funcionário da Martini e Rossi e acompanhou o processo de produção desse tipo de vinho no Brasil, disse que, posteriormente, tiveram que mudar o nome para apenas moscatel espumante.

Hoje, o espumante moscatel nacional tem características próprias. É mais leve e delicado do que o italiano. Ele agrada a paladares exigentes e com grande bagagem, como foi o caso de Oz Clarke. Especialista em vinhos e ganhador de diversos prêmios, o degustador viajou ao Brasil há alguns anos e se apaixonou pelos moscatéis brasileiros, dizendo, inclusive, que são mais agradáveis do que os originais italianos.

A qualidade do espumante produzido no Brasil é tão grande que o país já ganhou vários prêmios. Na 12ª Edição do Concurso Internacional de Vinhos e Licores Vinus 2015, que avaliou 556 amostras de 20 países, 2 brasileiros ganharam medalha de ouro duplo (Aurora Espumante Moscatel Branco e Cave de Castro Espumante Moscatel) e 5 ganharam medalha de ouro (Casa Valduga Espumante Moscatel 2014, Garibaldi Espumante Moscatel, Gran Legado Espumante Moscatel, Ponto Nero Espumante Moscatel e Presence Peterlongo Espumante Moscatel).

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