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Iguaçuense de 9 anos é protagonista de filme nacional

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O iguaçuense Pedro Vinícius de Matos Francisco, 9 anos, é um dos protagonistas do drama O filho eterno, adaptação para o cinema do romance homônimo de Cristóvão Tezza, escritor catarinense radicado em Curitiba. Na trama, ele dá vida a Fabrício, filho de Roberto (Marcos Veras) e Cláudia (Débora Falabella).

O filme, lançado em outubro no Festival do Rio, entra em cartaz no circuito nacional em 1º de dezembro. Ainda não há confirmação das salas que exibirão a produção.

Pedro Vinícius foi selecionado em Curitiba para o papel entre mais de 50 crianças com Síndrome de Down. Antes, ele nunca havia atuado no teatro e nem no cinema.

A escolha para o casting ocorreu por meio da Instituição Reviver Down, de Curitiba, onde o menino mora com a mãe e os irmãos.

O longa metragem foi gravado na capital paranaense, no primeiro semestre deste ano. A rotina de gravações de Pedro Vinícius durou dez dias. Parte dela foi acompanhada pelo pai, João Francisco, que trabalha na Itaipu, em Foz do Iguaçu durante o feriado de Páscoa.

FILME X VIDA REAL

A obra de Tezza foi premiada com o Jabuti de Melhor Romance de 2008. Para o cinema, a história foi adaptada. O roteiro é de Leonardo Levis e a direção é de Paulo Machline. A trama se desenvolve a partir da chegada de Fabrício à vida do pai, Roberto, e da transformação imposta por esta paternidade.

O colega de Itaipu não se vê representado nas duas apresentações da história, nem na literatura, nem no cinema. A similaridade entre Tezza, o escritor, Roberto, o personagem do filme, e João Francisco praticamente se encerra no fato de os três serem pais de filhos com Síndrome de Down. “Não me acho parecido com eles”, disse.

Ao contrário do caso de Tezza e de Roberto, Pedro Vinícius não era primogênito de João. Quando o mais novo nasceu, ele e a esposa Ana Cláudia já tinham dois filhos: Ana Carolina, hoje com 20 anos, e João Vítor, com 16 anos.

A síndrome de Pedro Vinícius também não foi descoberta tão próxima ao nascimento, ocorrido em Foz do Iguaçu, em 27 de julho de 2007. “O pediatra que fez o parto levou dois meses para levantar esta hipótese. Antes dos seis meses decidimos que íamos levá-lo a um neurologista em Curitiba”, recorda.

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