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Morre, aos 86 anos, o poeta e crítico Ferreira Gullar

Publicado

em

Agência Brasil

O poeta e escritor Ferreira Gullar morreu neste domingo (04), aos 86 anos. Ele estava internado no Hospital Copa D’Or por causa de complicações pulmonares. Nascido no Maranhão, o nome de batismo do autor era José de Ribamar Ferreira, como aponta seu perfil na Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 2014.

Aos 19 anos, inspirado por Carlos Drummond de Andrade, tornou-se um poeta experimental, que rejeitava fórmulas.  Eu queria que a própria linguagem fosse inventada a cada poema, afirmou uma vez sobre sua obra.

Nos anos 60 entrou para o partido comunista e lutou contra a ditadura. Preso, ficou exilado até 1977, mas na volta ao Brasil foi novamente detido e libertado somente após pressão internacional. Foi durante o exílio em Buenos Aires, na Argentina, que escreveu o longo Poema Sujo, de quase 100 páginas, que viria mais tarde a ser considerado a sua obra prima.

Além da poesia, que sempre definiu como sua principal ocupação, Gullar também escreveu sobre arte e criou algumas peças de teatro, entre elas Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come. Por causa da qualidade de sua obra, em 2002 o poeta chegou a ser indicado para o Prêmio Nobel de Literatura.

Velório

O corpo de Ferreira Gullar será velado a partir das 17 horas, no salão nobre da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio de Janeiro.

O prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, lamentou em nota a morte do escritor, dizendo que ele era um gênio das palavras e contribuiu de maneira brilhante para a transformação da capital fluminense.

Desde 2012, o escritor participava do Conselho da Cidade, que reúne representantes da sociedade carioca que discutem melhorias para o Rio.

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