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Morre no Rio a atriz Norma Bengell, aos 78 anos

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Reprodução/Canal Brasil
Norma Bengell fez história em 1962 ao aparecer no primeiro
nu frontal do cinema brasileiro, aos 27 anos, no filme
‘Os Cafajestes’, de Ruy Guerra

A atriz e cineasta Norma Bengell, de 78 anos, morreu por volta das 3 horas desta quarta-feira (9). Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Rio-Laranjeiras, unidade Bambina, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O corpo da atriz será velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, a partir das 18 horas desta quarta. A cremação está marcada para às 14 horas de quinta-feira (10) no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.

Norma foi hospitalizada no último sábado (5). Ela enfrentava problemas respiratórios havia seis meses, desde quando médicos diagnosticaram um câncer no pulmão direito. “Como ela era muito requisitada pelo mundo todo, a gente quase não tinha contato. Depois que ela adoeceu é que eu tomei um pouco mais a frente da situação”, afirmou Egiberto Guimarães Costa, de 45 anos, primo de Norma.

Ele disse que nos últimos anos ela morava com uma cuidadora em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Ainda de acordo com ele, Norma não tinha filhos e era viúva. Ela foi casada com o ator italiano Gabrielle Tinti. A intenção da família é que o corpo seja cremado.

Trajetória

Nascida em 21 de setembro de 1935, a atriz carioca foi uma das maiores musas do cinema e do teatro brasileiros nas décadas de 50, 60 e 70. Atriz, vedete, cineasta, cantora e compositora, Norma começou a carreira na música no início dos anos 50.

Em 1959 lançou o primeiro disco, com músicas de Tom Jobim e João Gilberto. Fez sucesso com sua gravação, das versões “A lua de mel na lua” e “E se tens coração”, essa última incluída na trilha sonora do filme “Mulheres e milhões”, de Jorge Ilely.

No cinema, participou de 64 filmes. Estreou nas telas aos 23 anos, no longa-metragem “O Homem do Sputnik”, estrelado por Oscarito, onde fez sucesso parodiando a famosa atriz francesa Brigitte Bardot. Norma Bengell fez história em 1962 ao exibir o primeiro nu frontal do cinema brasileiro aos 27 anos, no filme Os Cafajestes, de Ruy Guerra.

Nos anos 80, lançou-se diretora de cinema com “Eternamente Pagu”. Norma também participou de várias novelas como “Partido Alto” e “Sexo dos Anjos”, na TV Globo. O último trabalho foi como Deise Coturno, em 2009, no programa humorístico Toma Lá, Dá Cá.

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