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Power Ranger do Paraná usa a dança para ser super-herói sem armas

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Se você anda pelo Facebook e, principalmente, pelo Instagram, já deve ter visto vídeos em que o Power Ranger Azul dança músicas que vão dos sucessos do momento até hits do axé dos anos 90. O Ranger Azul Dançarino  mora no Paraná, mas está conquistando o Brasil todo: em maio, ele foi até Salvador, a convite do professor de dança de Sheila Carvalho, e gravou um vídeo dançando com a ex-É o Tchan. Outras peripécias de Billy, como ele se apresentou para o Viver Bem, incluem um vídeo dançando no Parque Tanguá, em Curitiba, que chegou a mais de um milhão de visualizações em uma página do Facebook.

Eu não imaginava que iria atingir tanta gente”, diz Billy, que não revela o verdadeiro nome e nem a profissão. Diz apenas que trabalha na área da saúde e que já passou dos 25 anos. Segundo o dançarino, apenas quatro amigos sabem da sua real identidade (um deles é o que atuou como cinegrafista no vídeo no Tanguá). Os primeiros vídeos apareceram na rede no carnaval e, desde então, Billy ganhou milhares de seguidores. No Instagram, onde a sua fama é maior, já são 20 mil pessoas.

O dançarino, que mora em Maringá, conta que a dança fez parte de sua vida no passado, mas um acidente o impediu de continuar dançando e a vida acabou levando-o para outros caminhos. A volta ao que ele considera que hoje é um hobby aconteceu quando Billy descobriu a Ranger Rosa Dançarina, personagem também brasileira que posta nas redes sociais vídeos de suas performances. “Nós fomos conversando, ela me motivou e eu virei o Ranger Azul”, comenta.

O uniforme, que impressiona pela verossimilhança, foi feito no Brasil. O capacete, as luvas e as botas foram encomendados com Jibbs de Castro e Thiago Nandesco, cosmakers respeitados na área. Já o macacão, que se destaca por se parecer bastante com o do seriado original, foi feito por uma costureirade confiança de Billy, já que ele precisava que a roupa se adequasse às suas medidas, respectivamente 1,76 m de altura e 80 kg.

A ideia inspirou a criação de outros personagens com todas as cores do seriado japonês que estão espalhados pelo Brasil, como a Ranger Amarela Dançarina, que vive em Brasília. Nenhum deles revela muito mais do que o lugar em que mora ou um apelido. Billy diz que a ideia de anonimato lhe agrada. “Hoje em dia, as pessoas procuram as coisas por fama. Eu gosto de andar na rua e não ser reconhecido”, diz ele.

Além dos vídeos com coreografias que são exaustivamente imitadas pelos fãs do personagem, o Ranger Azul também posta mensagens motivacionais, como "Você é capaz de sonhar? Então, é capaz de realizar!". Tudo para levar ao público um pouco de alegria, nas palavras do próprio Billy, que diz que essa é uma maneira de ser um “super-herói sem armas”.

Ele conta que muitos seguidores entram em contato, dizendo que encontraram nos vídeos motivação para ir a aulas de dança ou então para persistir no sonho de dançar mesmo sem a aceitação das pessoas com quem convivem. “Recebo muitas mensagens de meninos que querem dançar, mas a família não deixa, por preconceito”, diz.

Mas afinal, você deve estar se perguntando: quando saberemos a real identidade do Ranger Azul? “A ideia é não revelar tão cedo. Estou deixando acontecer”, conta Billy, que diz ainda estar analisando convites para participar de programas de TV. Tudo devidamente mascarado, pelo menos por enquanto. Como todo bom super-herói.

 

Com informações da Gazeta do Povo

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