Fale com a gente

Variedades

Religiosos e médicos protestam contra “Amor à Vida”

Publicado

em

Cercada de polêmicas desde sua estreia, a novela de Walcyr Carrasco vem colecionando vários desafetos. Desta vez, médicos e grupos religiosos estão furiosos com alguns assuntos abordados em “Amor à Vida”. Em carta aberta publicada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), os delitos cometidos dentro do Hospital San Magno são duramente criticados.

O assassinato cometido por Glauce (Leona Cavalli), a troca de exames de DNA de Paulinha (Klara Castanho) e Paloma (Paolla Oliveira), bem como o desvio de verba por parte de César (Antonio Fagundes) com o objetivo de comprar uma casa para Aline (Vanessa Giácomo) são algumas das atitudes reprovadas pela entidade.

“Entendemos que é uma ficção, mas achamos que é preciso mais cautela. Parece que os médicos só fazem coisas erradas, que têm relações sexuais em todos os lugares do hospital, que roubamos. Ninguém trabalha, não se mostram os plantões 24 horas, as salas de emergência. É preciso pontuar que a vida do médico é bem diferente”, escreveu Vera Fonseca, vice-presidente do Cremerj. 

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo também criticou a maneira como a novela aborda a profissão de enfermeiro. “Uma cena que gerou reclamações foi a em que um personagem se refere a uma enfermeira como “playground de médico”, disse Mauro Antônio Pires Dias da Silva, presidente do órgão. 

De acordo com o Extra Online, o autor Walcyr Carrasco respondeu as críticas e disse estar assustado com a reação de determinadas categorias. “A novela mostra a história de personagens que agem de acordo com seu modo de ser, não como representantes oficiais da categoria. O fato de um médico errar não significa que todos errem. Então, o desejo real deles, sim , é censurar, evitar qualquer espécie de crítica”, rebateu. 

Religiosos 

Do outro lado, religiosos reclamam do texto carregado de piadas com referências bíblicas. O personagem Félix (Mateus Solano), por exemplo, usa bastante a expressão “Será que eu salguei a Santa Ceia?”, “Eu devo ter colado chiclete na Santa Cruz!” e “Eu dancei pole dance na cruz!”. “Só posso ter assoado o nariz no Santo Sudário para merecer isso…” e “Será que eu engarrafei as águas do Rio Jordão?” também já foram citadas em algumas cenas. 

De acordo com a coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez, na Folha de São Paulo, os fiéis têm feito duras críticas ao autor. No entanto, Carrasco garante que não deixará de incluir os famosos bordões no texto do vilão.

Copyright © 2017 O Presente