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Santa-helenense pescou a maior pirarara do mundo e é capa da revista Pesca & Companhia deste mês

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Alexandre Dick, de Santa Helena, participou de uma pescaria no Rio Negro, na Amazônia, onde pescou a maior pirara do mundo em comprimento.

 

O reconhecimento está em fase de homologação, mas os detalhes já foram divulgados na maior revista de pesca da América Latina, a Pesca & Companhia:

 

 

 

 

A maior pirarara do mundo! Por Alexandre Dick

Como se deu a captura do exemplar mais comprido e como fazer para homologar o seu recorde na IGFA

 

Quando falamos em Rio Negro, na Amazônia, o primeiro peixe que nos vem à cabeça é o tucunaré-açu. O embaixador destas águas e que move milhares de pescadores do mundo todo para conhecer o nosso paraíso de pesca amazônico todos os anos.

O Negro é um afluente da margem esquerda do Rio Amazonas, sendo o mais extenso rio de águas escuras do mundo e também o segundo maior em volume de água, ficando atrás apenas do próprio Amazonas, o qual ajuda formar. Todos os anos, devido à estação de chuvas na região amazônica e também ao degelo nos Andes (onde nasce), seu nível de água costuma subir vários metros no período da cheia, formando praticamente um mar em meio à selva amazônica.

De ictiofauna farta, é possível encontrar em suas águas diversas espécies, sendo a mais cobiçada delas o tucunaré-açu, que na região atinge o seu tamanho máximo, podendo ultrapassar os 12 kg de peso.

Além dos bocudos, o Negro é farto em diversas espécies de peixes esportivos, dentre elas os gigantes peixes de couro, como a pirarara e piraíba, que na região atingem o seu tamanho máximo e ultrapassam facilmente os 35 kg de peso. Apesar de serem gigantes troféus, geralmente ficam no segundo plano, como uma carta na manga nos períodos em que a pescaria de tucunarés se torne difícil.

Normalmente a temporada de pesca no alto Negro começa em meados de agosto na região mais próxima a São Gabriel da Cachoeira, já que é onde os primeiros sinais da seca chegam, e posteriormente chegando na região de Santa Isabel do Rio Negro e também a Barcelos. Esse período de seca se estende de setembro a fevereiro, que é quando as chuvas da cheia começam chegar e novamente fazem os afluentes pegarem muita água.

Busca-se o período de seca para a pescaria de tucunarés exatamente pelo fato de oferecer condições ideais, pois o rio teoricamente está na caixa e os peixes na calha do rio ou então nos lagos fechados, oferecendo maiores possibilidades de se pescar os gigantes. O que tem acontecido em muitas vezes mesmo neste período de seca, é que entram as chuvas sazonais, que fazem com que os rios menores peguem água e subam de nível, ocasionando um fenômeno bastante temido entre o pescadores de iscas artificiais: o repiquete!

Fala-se muito sobre a influência do repiquete no comportamento dos peixes, já que quando o tucunaré sente a entrada de água nova, ele simplesmente para de comer. Alguns falam em água fria, outros em mudança brusca de Ph, porém ao certo o que acontece no organismo deles ainda é desconhecido, apenas sabemos que param de comer.

Mesmo sabendo mais ou menos quando inicia-se o período ideal de pesca ao tucunaré, reservar uma semana na Amazônia hoje depende muito do fator sorte, principalmente com o fator chuva, já que normalmente as datas são marcadas um ano antes de visitarmos o local.

Pensando exatamente em todas estas possibilidades, recebemos um grande convite do amigo Eribert Marquez e do senhor Lauro Rocha, gerente e proprietário do Santana Rio Negro Lodge.

Nas semanas que antecederam a nossa ida, sempre mantive contato com o “Maninho”, como é carinhosamente chamado nosso anfitrião Eribert, que nos respondia sempre direto lá do hotel por Internet via satélite. Passou para nós todas as informações necessárias para que levássemos o material correto para os dias que estaríamos lá pescando. Mesmo em sua operação que oferece todo o equipamento necessário caso não quiséssemos levar nada, sabem como é pescador inveterado, aquela isquinha favorita não poderia faltar. Única coisa que optei em não levar para diminuir peso de bagagem foi o material de pesca de peixes de couro, que utilizaria o da operação dos bass boats.

Marcamos nossa semana de pesca no Lodge na semana entre 6 e 14 de outubro, teoricamente uma das melhores do ano em se tratando de data! Única coisa é que conforme pode acontecer, graças a essa comunicação prévia entre operador e pescador, viajamos para o Amazonas já sabendo que pescaríamos com repiquete. Pernoitamos em Manaus e na manhã seguinte viajamos em voo fretado em um grupo de 28 pescadores para Barcelos (AM), onde o pessoal do hotel nos aguardava para fazer os 90 km finais entre a cidade e nosso destino final.

Para isso a operação conta com barcos rápidos confortáveis para transporte de passageiros, que fazem com que esse trajeto seja feito de maneira confortável e segura em cerca de 1h30m, que passam depressa quando a gente viaja conversando e tomando uma cervejinha.

Na manhã seguinte tomamos nosso café e seguimos para o trapiche do hotel, onde nosso barco já estava preparado para nossa saída. Nosso guia seria o experiente Wilson, pescador antigo da região e assim como os outros guias da operação, profundo conhecedor de cada milímetro daquele labirinto que é o Rio Negro e seus afluentes.

O combinado seria tentar explorar os três primeiros dias exclusivamente pescando tucunarés, para tentar encontrar algum grande açu, e depois tentarmos também capturar os grandes peixes de couro, muito presentes na região.

Conhecemos alguns excelentes pontos de pesca, como as cabeceiras do Rio Itú e Arirarrá, além dos infinitos pontos no próprio Rio Negro. Conforme o esperado, a pescaria foi bastante complicada, já que o repiquete forte atrapalhava bastante nosso desempenho com os bocudões. Apesar de difícil, mesmo assim foi possível a captura de alguns grandes exemplares, sendo do Cabeça o maior peixe da pescaria.

A íntegra desta reportagem você confere na Edição 277 da Pesca & Companhia!

 

 

Com informações Correio do Lago 

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