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Wolverine: Imortal abre espaço para volta dos X-Men
Na nova aventura do mais carismático mutante da saga X-Men, Wolverine Imortal, que estreia hoje em versão 3D e convencional nos cinemas, o anti-herói assume a figura do ronin o samurai errante e sem mestre na tradição japonesa (veja a programação dos cinemas de Toledo e Cascavel aqui).
Ainda atormentado pela morte da colega Jean Grey no último filme da série, Logan (Hugh Jackman) decide mudar de vida e morar nas florestas japonesas como um ermitão.
A aposentadoria é interrompida por uma mensagem de um bilionário da indústria da tecnologia, na verdade um velho amigo a quem Logan salvara durante a Segunda Guerra, com uma proposta indecorosa: o lobo passaria seus poderes de cura que têm sido um fardo em seus dias de luto ao amigo e poderia viver o resto de seus dias como um mortal.
Da recusa de Logan começa a trama bem-construída pelo diretor Jerry Mangold e os roteiristas Scott Frank e Mark Bomback, em que Logan precisa proteger a neta do bilionário, herdeira do clã, de uma rede de inimigos não claramente identificáveis.
O enredo tem o mérito de manter a forte personalidade do personagem e ainda dar-lhe uma triste carga emocional que ele só abandona nas boas sequências de ação. O cenário é um Japão contemporâneo, em que a alta tecnologia convive com tradições e códigos de honra milenares.
A direção de arte remete esteticamente àquele das primeiras histórias em quadrinhos da Marvel: um país povoado quase inteiramente por mafiosos tatuados, ninjas, samurais e gueixas. Fica claro que o roteiro acentua propositalmente alguns destes estereótipos para explorar este conflito entre o tradicional e o pop.
Interpretando Logan pela sexta vez, Jackman mostra que além da ótima personificação do herói é um ator versátil e com personalidade. No elenco, destaque também para a atriz russa Svetlana Khodchenkova, no papel de Víbora, uma mutante traiçoeira e sensual contratada para fragilizar Wolverine.
Confira o trailer: