O Presente
Arno Kunzler

A guerra das vacinas

calendar_month 14 de abril de 2025
2 min de leitura

Uma bandeira defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro se mantém ativa nas discussões em quase todos os municípios onde existem vereadores e líderes bolsonaristas ativos e convictos.

Ao defender que a vacina contra a Covid não deveria ser obrigatória, mal sabia o ex-presidente que esse debate poderia se estender para outros tipos de vacinas e por tanto tempo e em todo país.

Não sou autoridade e nem tenho conhecimento para externar um posicionamento técnico sobre o assunto, mas me permito a fazer uma avaliação política da questão, já que ela foi politizada.

Estamos criando uma cortina de fumaça que permite ao leigo imaginar que aqueles que são contra a obrigatoriedade da vacina são bolsonaristas e os que defendem a obrigatoriedade são defensores de Lula.

Claro que não é assim. Tem muita gente que defende a vacina e não é Lula. Talvez o contrário seja verdadeiro, pois quem é contra a obrigatoriedade está mais alinhado com o pensamento de Bolsonaro.

Mas, convenhamos, essa discussão não deve, pelo menos não deveria, ser Bolsonaro contra Lula.

Acreditar na vacina ou não, nunca deveria ser opinião política e, sim, convicção pessoal, baseado em informação.

Tenho visto e ouvido muita gente debitando na conta da vacina contra a Covid eventuais dores no corpo ou transtornos de saúde atuais.

Sinceramente, não vou entrar nessa discussão, cada um propaga a sua dor, motivado por aquilo que acredita, mesmo que não tenha nenhuma fundamentação, mas eu respeito.
Assim como também respeito aqueles que acham que a vacina salvou milhões de vidas e lutam para que seja obrigatória.

O que sei é que essa discussão não vai parar e provavelmente na próxima campanha eleitoral vamos ter muitos depoimentos de pessoas que, por motivo qualquer, atribuem seus problemas de saúde atuais à vacina.

Se essa corrente de pensamento vai ser majoritária, é outra questão, mas seus defensores se mostram muito aguerridos e convincentes.

Talvez a discussão mais interessante seria sobre preço das vacinas e remédios em geral.
Claro, quem pesquisa e fabrica remédio precisa ganhar pelo esforço e pela competência, mas, sinceramente, a indústria farmacêutica está nadando de braçada num país doente e pobre.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@revistaamigosdanatureza.com.br

@arnokunzler

 
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