Não temos a pretensão de projetar o que vai acontecer em 2022, nem adivinhar por onde passaremos.
Mas é possível constatar algumas coisas que dificilmente deixarão de ser assim.
Por exemplo, estaremos em um ano eleitoral, no qual os governos (sempre foi assim) gastam tudo o que têm direito e normalmente um montão a mais para tentar a reeleição e eleger seus parceiros (amigos).
Então, vamos ter muitos investimentos públicos. Aliás, o que percebemos neste final de 2021 é um filme que se repete: não há dinheiro até que as eleições se aproximam, aí aparece.
Segundo, teremos uma combinação indigesta na economia: juros altos, inflação (ainda fora de controle) e preços dos alimentos pressionados para cima pela escassez.
Teremos um pleito para presidente muito longo, lembrando que os dois principais candidatos já estão em campanha há mais de um ano e estamos a um ano das eleições. Portanto, será a campanha eleitoral a mais longa da nossa história política.
Será uma disputa desgastante e agressiva, do tipo você é genocida ou você é ladrão.
Não vai sobrar espaço e eleitor para ouvir propostas de governo, nem para resgatar os grandes temas que já nos mobilizaram em eleições anteriores e foram arquivados por interesse comum, como a prisão em segunda instância.
Por enquanto, não há previsão de chuva suficiente para o início do ano. Ou seja, devemos continuar com a escassez de água e com dificuldades para plantar a próxima safra, exceto se houver uma grande mudança das previsões climáticas.
O Grêmio vai ter que disputar a Série B e o Internacional continua tentando se reerguer para quem sabe um dia ser campeão novamente.
Renato Gaúcho vai continuar prepotente, achando que só com dinheiro consegue formar um time competitivo e campeão.
Palmeiras vai tentar ser campeão mundial.
Neymar vai continuar frustrando os brasileiros com seu estilo “cai cai”.
Ronaldo Fenômeno vai ser a grande estrela do Cruzeiro, não como jogador, mas como dono.
Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Atlético serão os favoritos a todos os títulos em 2022.
O agro vai continuar sendo a salvação do Brasil, mas terá muitos agricultores endividados pela quebra da safra, inflação e juros altos e preços dos insumos nas alturas.
Arno Kunzler é jornalista e fundador do Jornal O Presente e da Editora Amigos
