Enquanto a campanha dos candidatos Adriano Backes e Vanderlei Sauer (PP + União Brasil) avaliam o tamanho e se de fato houve estrago com a vinda de Jair Bolsonaro (PL) a Marechal Cândido Rondon, para apoiar Arion Nasihgil (PL) e Claiton Schlindwein (Podemos), esses valorizam ao máximo o comício com o ex-presidente.
É comum ver bolsonaristas, de repente, desfazer o tamanho e o prestígio que o ex-presidente ainda tem no município, enquanto outros acreditam, ou pelo menos defendem a ideia, de que não haverá mudança de comportamento do eleitor em virtude da visita.
É mais fácil acreditar que o eleitor do Bolsonaro não muda o voto para prefeito por causa do comício do que acreditar que o ex-presidente não tem mais o mesmo prestígio.
Só quem esteve no local e percebeu a euforia dos eleitores com o ex-presidente consegue dimensionar o tamanho de sua liderança.
A dúvida era se ele ia pedir votos para Arion e Claiton, e apesar do esforço dos aliados de Backes para evitar uma declaração de apoio explícita, ele produziu material de campanha farto onde se coloca a favor do candidato a prefeito do PL.
Estamos diante de um fato, o fato é que Bolsonaro veio, reuniu muita gente e pediu, ainda que indiretamente, apoio à candidatura a prefeito de Arion e Claiton.
Esse é o fato e sobre ele que vamos tentar entender o efeito prático para as duas campanhas.
Não dá pra negar: apesar do esforço dos que torceram contra a vinda de Bolsonaro, sua presença aqui repercute.
O gesto erguendo a mão de Arion e desejando boa sorte é bastante contundente e promete ser a principal peça publicitária desta campanha.
Uns vão dizer que ele não pediu votos para o Arion e outros vão mostrar o vídeo e tentar provar que ele pediu votos sim.
Quem será mais convincente?
O mês de setembro começa com a campanha aquecida e talvez as próximas pesquisas para divulgação, se alguém quiser fazer, vão nos dar mais ou menos um indicativo do atual momento da campanha.
A impressão, até o início desta semana, era de estagnação das duas campanhas, com os eleitores ainda esperando para tomar decisões.
O efeito Bolsonaro é a discussão da vez.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler