As pesquisas em véspera de campanhas eleitorais são inevitáveis.
Se são corretas ou apenas feitas para influenciar eleitores, jamais saberemos.
Portanto, enquanto uns duvidam das amostragens, outros acreditam, e assim vai ser eternamente.
Mas o que resta fazer aos grupos políticos é administrar internamente a divulgação de resultados que não lhes convém.
É isso que o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber, tenta fazer: acalmar os pretensos candidatos que aparecem nas pesquisas e que não estão nos planos do grupo para cabeça de chapa.
Ainda que não possa falar abertamente, o prefeito precisa convencer seus aliados que o melhor projeto é ficarem unidos, caso contrário a campanha da oposição cresce ainda mais.
Se é um problema não ter pretendentes, como já aconteceu em eleições passadas, agora o problema é ter pretendentes demais no grupo do prefeito Marcio Rauber.
Se as pesquisas conseguiram perturbar o ambiente no grupo, talvez não, mas serviram para colocar a campanha na rua muito antes da hora e isso já é ruim para quem está no poder.
Antecipar a campanha só é bom para a oposição, desde que tenha um candidato preparado para enfrentar uma longa jornada.
Teria o prefeito uma carta na manga, uma alternativa, caso os atuais nomes não tenham o respaldo desejado dentro do grupo e junto ao eleitorado principalmente?
Semana vai, semana vem e sempre tem alguém que lembra do ex-deputado Elio Lino Rusch.
Ainda que ele desminta categoricamente o interesse, não está completamente descartado que o prefeito tenha que se socorrer de um nome fora da lista dos atuais pretendentes.
Alguém que politicamente una o grupo e tenha votos.
E quem poderia ser esse alguém?
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
@arnokunzler