Muito mais complicado do que terminar a obra do Teatro Municipal de Marechal Cândido Rondon é colocar ele em funcionamento.
O Teatro custou caro para ser construído, está em um local muito questionado pela falta de espaço para ampliar o estacionamento e a demora para inaugurá-lo já é um marco histórico no município.
Jamais uma obra pública demorou tanto tempo, quase 15 anos, para ser concluída e inaugurada, sem que estivesse embargada.
Chegou a ser pré-inaugurado pelo ex-prefeito Moacir Froehlich, mas em um ato até hoje lembrado de forma pejorativa.
Por outro lado, o que mais as pessoas se perguntam é: o que será feito desse prédio pomposo e imponente?
O melhor que nele pode ser feito, e tudo que nele será feito já poderia ou está sendo feito em outros locais, é desenvolver a cultura.
Principalmente música e teatro.
Claro, na nossa cabeça, num primeiro plano, esperamos que venham shows que lotem aquele espaço gigantesco.
Mas é bom lembrar que esse tipo de acontecimento pode ser raro e raramente atende ao gosto daqueles que esperam ver o Teatro lotado e os expectadores aplaudindo.
É só acompanhar o que acontece nos teatros vizinhos de Palotina e Toledo.
Portanto, se não for bem estudado e acompanhado por um projeto de sustentação financeira, corremos o risco de ver, em breve, essa importante obra pública ociosa, como está o Estádio Municipal.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul