O Presente
Arno Kunzler

Guerra de fake news

calendar_month 13 de novembro de 2019
2 min de leitura

Certamente nunca antes na história desse país o povo foi tão confundido com as chamadas FAKE NEWS.

As redes sociais são uma ferramenta impressionante que muitos usam para o bem, para disseminar informações seguras e importantes na vida das pessoas.

Mas é seguro que uma parte, de forma organizada e profissional, usa tal ferramenta para disseminar informações falsas e falsificações de textos.

Grande parte dos textos que recebemos diariamente não é de quem imaginamos que fossem. Simplesmente alguém escreve e diz que quem publicou o texto foi fulano.

Como a mensagem se multiplica milhares de vezes e se o suposto “autor” é uma pessoa famosa, então ganha repercussão ainda maior.

Raramente os supostos “autores” vêm a público desmentir a autoria e, assim, somos induzidos a acreditar na sua veracidade.

Outras vezes eles até desmentem, mas os desmentidos não são compartilhados com a mesma vontade e aí muitos só recebem a informação falsa.

A proliferação das fake news tende a aumentar durante as próximas campanhas eleitorais.

Seremos literalmente inundados pelas mentiras, e como grande parte das pessoas acredita nas mensagens que recebem, ainda que grosseiramente falsas, poderemos ter uma campanha da mentira como nunca antes.

É assustador o que se pratica nas redes sociais, especialmente no campo político.

Se estamos perturbados, e claramente estamos, com as notícias distorcidas que boa parte da grande imprensa brasileira e mundial publica, as fake news talvez tenham um potencial muito maior de destruição de imagens de políticos e instituições.

Se nada for feito para impedir a circulação das fake news (e parece que não vai) durante os processos eleitorais que se avizinham, viveremos um verdadeiro terror político.

Ganha a eleição quem tiver maior poder e artilharia de destruição.

E aí, se achávamos que o nível das campanhas era baixo, com o povo apenas podendo “fofocar no teti a teti”, imagina as fofocas multiplicadas diariamente pelo WhatsApp dos correligionários.

Todos nós sabemos que o potencial de uma boa notícia sobre um candidato é mínimo diante do potencial de um fato “bombástico”.

Senhores candidatos, se preparem.

Seus feitos e principalmente “os não feitos” serão revelados na íntegra e ninguém saberá quem os inventou…

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos da Natureza

arno@opresente.com.br

 

 
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