O Presente
Arno Kunzler

Guerra e paz em Brasília

calendar_month 10 de janeiro de 2023
2 min de leitura

Depois do domingo (8) trágico, quando uma multidão furiosa invadiu prédios públicos e destruiu tudo o que viu pela frente, a segunda-feira (9) foi mirabolante na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Em meio aos escombros e destruição, um encontro nacional reuniu as principais lideranças políticas e não políticas do país num ato pró-democracia.

O repúdio aos vândalos veio em forma de unidade política nacional.

Era o melhor que Lula e seu governo poderiam esperar. Nem ele próprio saberia fazer algo mais animador sob a ótica política.

Os discursos e manifestações foram unânimes, condenando os atos e enaltecendo a necessidade de um pacto federativo para defender o regime democrático.

Um duro golpe para a direita que teve excelente resultado nas urnas, mas vai se atrapalhando.

Tanto que Tarcísio Gomes de Freitas, governador de São Paulo, aliado de Bolsonaro ou ex-aliado, quem sabe a partir de agora, esteve presente, discursou e foi muito aplaudido.

O governo Lula respira aliviado, menos pressionado e tem um assunto novo para desviar o foco das discussões econômicas.

As consequências dos atos de vandalismo de domingo serão dimensionadas nos próximos meses, mas desde já está evidente: alguém vai contabilizar os louros.

Por mais que Brasília mereça ser sacudida, ninguém pode aplaudir o que aconteceu.

A violência sempre é repugnante e gera reações.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

 
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