Não é de bom alvitre a mensagem vinda de alguns integrantes do governo Lula de ensaiar perseguições contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ainda que tenha excedido em muitas situações e comportamentos, Bolsonaro não deve ser o problema do governo Lula.
Os problemas do governo Lula, certamente, serão outros: a economia e o combate à corrupção.
Já são o suficiente para não gastar energia em coisas que não precisa, que o Brasil não precisa.
Falar que vai fazer um governo mais abrangente, incluindo classe sociais e raciais que estavam meio marginalizadas, ou pelo menos assim se sentiam, está correto.
Ajudar os menos favorecidos com programas e auxílio, está ok.
Incentivar boas relações entre empregados e empregadores, instituindo mecanismos de segurança e “IGUALDADE”, está corretíssimo.
Ampliar as políticas internacionais para incluir todos os países que desejam ter relações comerciais e institucionais com o Brasil, também está correto.
Cuidar e se preocupar mais com o meio ambiente, está correto.
O problema são as falácias, como, por exemplo, sobre demarcação de terras indígenas.
O Brasil tem florestas imensas suficientes para evitar que terras que já são produtivas e escrituradas há mais de 50 anos sejam especuladas para demarcação.
O problema são as propostas de controlar preços, de não privatizar o que deveria ser privatizado, de fazer reforma tributária, não para facilitar a vida do contribuinte e promover o crescimento do país, mas para resolver o descontrole dos governos.
O problema são os ministros que falam pelos cotovelos sem sequer estarem autorizados pelo próprio presidente, criando tumulto e confusão.
Dá para acomodar todos embaixo desse guarda-chuva chamado governo, mas é preciso ter controle, é preciso ter foco, é preciso ter competência e boas intenções.
O governo do presidente Lula não é tão bem amparado politicamente e tão forte como alguns integrantes da sua equipe imaginam.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul