Poucas vezes vi um projeto ser tão bombardeado pela opinião pública como a ideia de construir um presídio estadual em Marechal Cândido Rondon.
A rejeição manifestada pelas redes sociais aos poucos foi contaminando o ambiente político e os vereadores, um a um, tiveram que anunciar antecipadamente sua decisão de votar contra o presídio.
Ao governo do município, ao prefeito Backes e seu vice Sauer não restará outra alternativa senão desistir.
Desistir não é ruim e nem difícil. Difícil é continuar com o problema não resolvido do cadeião.
As pessoas favoráveis, as entidades que viam no presídio uma solução rápida para o cadeião superlotado no centro da cidade, além de outras vantagens, sequer tiveram coragem de se manifestar diante da enxurrada de críticas a esse verdadeiro bombardeio de manifestações contrárias.
Os problemas agora terão que ser resolvidos de outra forma, mas é impossível ir na contramão das manifestações contrárias ao projeto e insistir no presídio.
O prefeito Backes, com certeza, já sabe que decisão terá que anunciar nos próximos dias.
Não ao presídio.
Assim, seguindo o que já expressaram, antecipando seus votos, os seus vereadores pelas redes sociais.
A lição que fica é que a prefeitura, o Poder Público de forma geral, quando quer anunciar algo, uma obra ou um serviço, precisa ser mais claro, explicar melhor o que se pretende.
Durante semanas as redes sociais falaram em penitenciária, presídio ou cadeião como se tudo fosse a mesma coisa, ora para 300, 500 ou 800 presos e ninguém tentou esclarecer o que seria construído, para quantos presos, se era presídio ou penitenciária ou um misto das duas.
Resultado: rejeitado.
Agora será necessário começar do zero para ver como vamos resolver o problema do cadeião.
arno@revistaamigosdanatureza.com.br
@arnokunzler
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