A chuva não veio só para amenizar o calor e dissipar a poeira que tanto incomoda nesta região de terra vermelha.
Não veio para recuperar a safra, que já está praticamente perdida.
Mas veio, principalmente, devolver o “sorriso” para as plantas e toda a vegetação que estava triste e sofrida por falta de água.
É uma tristeza que nem todos percebem, mas que as plantas transmitem àqueles que as admiram e conseguem entender o quanto seu vigor verdejante é inspirador.
Como se estivessem pedindo ajuda com seus galhos e suas folhas murchas e retorcidas.
Depois da chuva, em poucas horas, a natureza se transforma.
A grama seca e inflamável começa soltar talinhos verdes e rejuvenesce.
Os galhos e as folhas antes retorcidas e secas agora estão vigorosas e acenando com um verdadeiro “sorriso”.
Essa é a natureza que tanto impacta nosso sentimento e nosso humor.
As plantas e suas flores, as lavouras, florestas, jardins e pomares são o sinal da renovação, da perpetuação da espécie, da sobrevivência dos seres vivos.
O fim de uma das mais longas estiagens que já aconteceu na região Oeste do Paraná é também a esperança de que em poucas semanas nossa paisagem se transformará.
As máquinas voltam e semeiam novas sementes que em pouco mais de 100 dias podem render uma super safra, inimaginável até momentos antes da chuva chegar.
O ano é novo, a paisagem é nova, o humor é outro e a esperança dos nossos agricultores renasce a cada momento que uma nuvem se forma e começa a chover.
Bendita chuva que veio trazer alívio, esperança e trabalho. Mas também veio trazer bom humor e essa sensação incrível de bem-estar.
Se Deus quiser também trará muito dinheiro em poucos meses, fruto de um novo plantio.
Que a seca e os prejuízos já inevitavelmente contabilizados fiquem para trás, fiquem em 2021 e em nossos corações habite novamente o otimismo, a certeza de que 2022 será um grande ano e de boas safras.
Um brinde a 2022, um brinde à chuva!
Arno Kunzler é jornalista e fundador do Jornal O Presente e da Editora Amigos
