O governador Ratinho Junior está literalmente inserido no plano político nacional.
Não há mais como negar que seu nome está entre os possíveis candidatos à Presidência da República e, mais ainda, com chances reais de sucesso.
O jovem governador paranaense contabiliza dados de um governo extremamente exitoso, um discurso contemporâneo, uma imagem fotográfica leve e com apoio da grande maioria das lideranças políticas do Paraná e uma fatia considerável do eleitorado.
Ao se posicionar entre os extremos, Ratinho Junior claramente visualiza um movimento político mais abrangente, afastando-se da extrema esquerda e também da extrema direita.
É um movimento inteligente, pois a esquerda tem Lula e seus eleitores fiéis e a direita tem Bolsonaro e seus eleitores fiéis.
Nenhum dos dois lados abre espaço para um candidato menos identificado com seus eleitores. Portanto, esse espaço já está ocupado.
Lula será o candidato da esquerda ou vai indicar quem ele deseja.
Bolsonaro será o candidato da direita ou vai indicar quem ele deseja.
Ratinho, pelo jeito, vai apostar tudo no seu discurso de conciliação, combatendo os extremismos de lado a lado, provocando uma reflexão para uma grande união nacional.
Se vai colar, ninguém sabe, mas é uma aposta que nesta eleição, diferente da eleição passada, encontra mais eco.
Ratinho precisa atrair os eleitores decepcionados, tanto com o PT como com Bolsonaro.
Para encontrar eleitores dispostos a bancar sua candidatura fora do Paraná, será necessário um trabalho intenso e muito bem feito, com divulgação e viagens.
Mas poucos candidatos à Presidência têm o perfil, o discurso e um governo aprovado por quase 80% da população para mostrar.
Se o PSD de Kassab abraçar a candidatura de Norte a Sul e o centrão não conseguir espaço com Bolsonaro e provavelmente com Lula não queira, Ratinho pode ser o fato novo numa campanha política que parecia desenhada e decidida entre dois candidatos, dois anos antes do pleito.
Vamos acompanhar nos próximos meses a evolução das campanhas presidenciais e se o partido e a repercussão na grande mídia será suficiente para incluir Ratinho nas pesquisas nacionais.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
arno@revistaamigosdanatureza.com.br
@arnokunzler
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