Vários líderes do Paraná, ex-governadores ou não, tentaram romper a barreira e projetar seus nomes para disputar algo maior, mas nenhum deles conseguiu até hoje.
No passado mais distante (década de 80), Ney Braga foi um líder respeitado nacionalmente, mas nunca aceito como candidato a presidente do Brasil.
Depois vieram os ex-governadores, José Richa, Alvaro Dias, Roberto Requião e Jaime Lerner, nenhum deles conseguiu emplacar seu nome para presidente, ainda que Álvaro Dias tenha conseguido uma legenda, mas durante a campanha fracassou completamente.
O Paraná politicamente é uma espécie de quintal de São Paulo e nunca conseguiu ser visto no Brasil, como, por exemplo, o Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Parece que é proibido para uma liderança paranaense se lançar candidato a presidente do Brasil, tamanha é a barreira a ser superada.
Mas agora pode ser diferente.
Ratinho Junior está fazendo um governo de grande repercussão e aceitação dentro do Paraná, tem um discurso de união e não de divisão dos paranaenses.
Além disso, nenhum governante anterior conseguiu realizar um governo tão exitoso como Ratinho Junior. Certamente o melhor governo da história do Paraná.
O Paraná vive um momento extraordinário de grandes investimentos, seja na infraestrutura de transportes como na produção, criando um ambiente muito favorável e encorajando o empresariado a investir.
O Paraná está politicamente harmonizado. Acabou o divisionismo que sempre foi invocado especialmente por lideranças como Roberto Requião.
Ratinho praticamente já está na disputa no mesmo nível que o governador Tarcísio de Freitas, deixando para trás Eduardo Leite, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, líderes de centro direita que poderiam ofuscar sua tentativa de se tornar candidato.
Caso Tarcísio opte por se candidatar à reeleição em São Paulo, Ratinho está muito vivo e com grandes chances de se tornar o candidato de centro direita que pode herdar os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, claro se Bolsonaro ficar de fato inelegível.
Caso contrário, o candidato será Bolsonaro e daí teremos o repeteco da última campanha, Lula x Bolsonaro.
Uma campanha eleitoral para escolher o próximo presidente do Brasil seria tão mais interessante se tivesse Ratinho Junior na disputa.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler